Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SOARES, KATHARINA SHIRLEY AMÂNCIO JUSTO |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=93772
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Resumo: |
A percepção de controle (Lócus de controle) pode ser entendida como o quanto as pessoas atribuem seu adoecimento às causas externas e/ou à sua própria responsabilidade. Esse tipo de percepção é importante para determinar resultados de saúde. Diante dos desafios enfrentados por pessoas diabéticas e seus familiares em relação à prevenção do pé diabético, faz-se necessário explorar motivações que podem interferir na exposição aos riscos de complicações, como o pé diabético. Diante disso, o estudo tem como objetivo analisar a associação entre o Lócus de controle na pessoa com diabetes e o risco para pé diabético. O estudo foi do tipo analítico, de caráter transversal, com abordagem quantitativa, realizado com amostra composta por pessoas com diabetes, usuários da Atenção Primária à Saúde no município de Fortaleza-Ceará. Para coleta de dados, foi utilizado um formulário construído para o estudo com variáveis independentes relacionadas aos dados sociodemográficos, estilo de vida, diagnóstico e tratamento e avaliação dos pés, que permitiu a classificação de risco para pé diabético (variável desfecho). A percepção das pessoas sobre o quanto seus comportamentos interferem na sua condição de saúde e doença foi obtida por meio da Escala Multidimensional de Lócus de controle (MHLC). Os dados obtidos foram compilados no programa Statistical Package for the Social Sciences e analisados por meio de análise descritiva e inferencial. Participaram do estudo 263 pessoas, com maioria do sexo feminino (62,7%), mediana de idade de 60 anos, estado civil predominantemente relação estável (54,7%), sem ocupação (70,7%) e com renda individual inferior a um salário mínimo (51%). A maioria dos participantes era ex-fumante e ex-etilista, não praticava atividades físicas e não seguia plano alimentar. Mediante análises estatísticas, foram identificados correlações significativas entre etilismo (p=0,023), tempo de etilismo (p=0,022), atividade física (p<0,001), plano alimentar (p=0,048), tempo de diabetes (p=0,026), comorbidades (p=0,029) e tratamento correto (p=0,012) com risco para desenvolver pé diabético. Também houve associação entre as subescalas MHLC (internalidade, externalidade e acaso para saúde) e as categorias de risco para pé diabético (p<0,001). Conclui-se que a hipótese do estudo foi confirmada, ou seja, o risco de desenvolver pé diabético está diretamente relacionado à percepção de controle. Acredita-se que o estudo possa proporcionar mais informações sobre prevenção do pé diabético e subsídios para melhor entendimento do controle de saúde visando a mudança na prática assistencial com implementação de planos de cuidados, que possibilitem melhor adesão e, consequentemente, melhor qualidade de vida.<br/>Palavras-chave: Diabetes mellitus. Pé diabético. Lócus de controle. Fatores de Risco. Atenção Primária à Saúde.<br/>ABSTRACT |