Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Dantas, Lília Lopes Fonteles Serrano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87296
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Resumo: |
<div style="">Historicamente, a formação em Odontologia no Brasil baseou-se em um modelo autossuficiente, de transmissão de conteúdos e práticas, sem interlocução com as necessidades da sociedade. Como consequência, os cirurgiões-dentistas são formados com uma visão frágil para legitimar conflitos pessoais e situações sociais. A crise no mercado liberal e a inclusão deste profissional na Estratégia de Saúde da Família fez surgir um novo mercado de trabalho na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de Odontologia, implantadas em 2002, vieram propor mudanças no perfil de formação deste profissional, visando a uma ressignificação de sua atuação e ao desenvolvimento e melhor resolubilidade do SUS. Esta pesquisa, portanto, consistiu em compreender as mudanças na formação em Odontologia advindas das inovações curriculares à luz da produção científica sobre o tema e das DCN. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, numa abordagem qualitativa. Quanto ao seu delineamento, caracteriza-se como Revisão Integrativa. A coleta de dados aconteceu por meio da Biblioteca Virtual em Saúde, do Portal da CAPES e da base de dados Scielo, com origem nos quais 44 artigos foram selecionados para compor a amostra do estudo. A Análise de Conteúdo foi utilizada para a organização dos dados e, desta forma, categorias de análise foram identificadas com suporte nas ideias-chaves da amostra. Os achados mostraram que mudanças curriculares têm acontecido na formação em Odontologia. As mudanças mencionadas foram de várias naturezas, a saber: com foco no perfil do egresso para atuação no SUS; referentes à capacitação docente; de fortalecimento do componente ético no ensino; de estímulo ao ensino pela pesquisa; curriculares; relativas à integração ensino-serviço; e relativas ao aspecto pedagógico do processo de ensino-aprendizagem. Avanços também foram mencionados, embora de forma ainda pouco expressiva, verificou-se referência à satisfação dos estudantes; à sua mudança de postura a partir das práticas clínicas na realidade do SUS e das transformações do processo de ensino-aprendizagem em saúde; e à mudança na conduta dos docentes diante das transformações curriculares. Outro aspecto evidenciado no estudo se refere aos desafios para a efetivação das mudanças curriculares, os resultados apontaram para questões amplas, como a orientação pedagógica consequente do paradigma biomédico; a falta de capacitação pedagógica dos docentes; a presença incipiente da ética na graduação; a força do modelo técnico-científico, pouco comprometido com as questões sociais e com o sistema público de saúde; a falta de apoio das políticas universitárias; e a falta de incentivo às práticas de pesquisa. A partir dos resultados, o estudo indica que mudanças têm ocorrido na formação dos cirurgiões-dentistas, no entanto, carecem de tempo, forte apoio reflexivo, acompanhamento e avaliação, pois muitas se contrapõem à política de formação tradicional. Aponta-se como contribuição deste estudo a reflexão produzida acerca da formação em Odontologia no Brasil, considerando que este tema tem sido foco de discussão e que tem influência nas políticas de saúde. Palavras-chave: Currículo. Odontologia. Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais</div> |