Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pelaes, Rosileia dos Santos de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=90670
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Resumo: |
Este estudo teve como escopo analisar se os fundamentos da justiça restaurativa mostram-se adequados ao enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher, bem como, se ações do poder judiciário tem apontado para uma direção de possibilidade ou de utopia. Utilizou-se no estudo algumas categorias de análise como: políticas públicas, gênero, Justiça restaurativa, violência doméstica que orientaram a compreensão de que caminho segue o poder público no Estado do Amapá no combate a violência doméstica. O problema levantado para este trabalho consistiu em investigar como os fundamentos da Justiça Restaurativa mostram-se adequados ao enfretamento da violência doméstica e familiar contra a mulher? As ações do poder judiciário e do Ministério Público amapaense tem apontado em que direção?De utopia ou de possibilidade? O marco temporal escolhido foi a partir do ano de 2016, quando ocorreu a institucionalização da política restaurativa no âmbito do Poder Judiciário, por intermédio do Conselho Nacional de Justiça, que aprovou a Resolução nº 225, de 31 de maio de 2016, dispondo sobre a Política Nacional de Justiça Restaurativa, em observâncias as Resoluções 1999/26, 2000/12 e 2002/12 da Organização das Nações Unidas. O percurso metodológico utilizou-se de alguns procedimentos como: visita de campo, análise documental, observação, entrevistas e aplicação de questionários na Vara de Violência Doméstica na Comarca do município de Santana no Estado do Amapá, no Ministério Público Estadual e no Centro de atendimento a mulher e a família (CAMUF). Primeiramente, discutiu-se a questão da violência de gênero em interface com a atuação dos grupos feministas e, mais recentemente, com o advento da lei nº 11.340/2006. Em seguida apresentou-se que o referido diploma legal fez uma clara opção pelo modelo retributivo de justiça criminal, a partir dessa analise desenhou-se no estudo a triangulação da discussão entre a justiça restaurativa e justiça retributiva dentro da perspectiva do modelo de política pública judiciária mais adequado para o combate a violência de gênero. Na sequência, promoveu-se a análise e discussão dos dados colhidos da pesquisa de campo realizada. Inferiu-se que a justiça restaurativa como uma política pública se mostra como um modelo adequada de política pública de combate a mulher vítima de violência doméstica e familiar, por se tratar de um modelo de justiça que atende a autonomia e dignidade da mulher, além de abrir a perspectiva de mudanças reais de comportamento de homens e mulheres nas questões envolvendo a violência de gênero, no entanto, as mulheres entrevistadas na Vara de Violência Doméstica na Comarca do município de Santana no Estado do Amapá indicaram o modelo retributivo como forma mais adequada, pois acreditam que a pena com privação de liberdade é o caminho para eliminar a violência doméstica. Palavras-chave: Políticas públicas. Relações de Gênero. Violência doméstica. Justiça Restaurativa. Lei Maria da Penha Nº 11.340/2006. |