Aulas de Portugues no Ensino Medio: o Conflito na Relacao com o Saber

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Sousa, Francisca de Jesus Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=51967
Resumo: O presente trabalho descreve os conflitos na relação com o saber de vinte e um (21) alunos do Ensino Médio em uma escola pública do município de Maracanaú -CE, A turma escolhida para a realização da pesquisa foi a do primeiro ano, devido ao caráter de novidade que esta nova etapa representa na vida estudantil dos sujeitos. O objctivo maior do estudo foi compreender como os alunos do Ensino Médio se vêem durante o processo de aprendizagem dos usos da Língua Portuguesa e das relações construídas a partir do saber proposto pela professora da disciplina. Para o alcance desse objetivo, foram utilizadas, como apoio teórico, as reflexões de Luiz Carlos Travaglia (1996), Irandé Antunes (2003) e Marcos Bagno (2004) sobre o ensino de língua materna e os mitos que se criaram em torno dele. Em complemento, discutiram-se também alguns pontos da teoria da relação com o saber do francês Bemard Charlot (2000) em associação com as orientações do psiquiatra Augusto Cury (2003) sobre as relações entre professores e alunos. Na construção dos dados foram utilizadas duas técnicas da pesquisa qualitativa do tipo etnográfico, quais sejam, a observação participante e a aplicação de questionários com os sujeitos. Além destas, foram realizadas conversas informais com a professora e um exame cm seu diário de classe, com a finalidade de construir um maior entendimento acerca das respostas dos alunos ao questionário. Os dados mostram que os alunos possuem uma auto-estima fragilizada e que constróem para si mesmos imagens que são materializadas em adjetivos autodepreciativos. Isto ocorre por considerarem a língua portuguesa muito difícil e, por isso, acham que não conseguem aprendê-la. Este mito e os problemas e conflitos que dele resultam parecem ser fortalecidos, involuntariamente, pela postura tradicional da professora, além da suanotória desmotivação com a profissão que exerce. (296 palavras) Palavras-chaves: língua materna, aprendizagem, relação com o saber.