Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Cristiane Lopes da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95823
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Resumo: |
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Os Círculos de Construção de Paz são recursos metodológicos inspirados nas tradições dos povos indígenas da América e do Canadá, passando a ser propagados mundialmente como uma das principais vertentes das práticas restaurativas embasada nos princípios e valores da justiça restaurativa. No Brasil, desde o ano de 2010, os Círculos vêm conquistando espaços em várias instituições e ambientes como uma ferramenta que possibilita diálogos sobre os diversos assuntos, manejo dos conflitos e prevenção contra a violência. Os Círculos possuem uma ritualística com elementos estruturantes, desde a utilização de um objeto da palavra/bastão de fala até um espaço organizado com orçamentárias específicas no seu centro, com todos(as) os(as) participantes em círculo, que os diferenciam de uma roda de conversa e de outros processos circulares, fomentando aos que deles participam um certo encanto e fascínio. Dessa forma, os Círculos chegam a algumas escolas públicas cearenses sendo desenvolvidos de acordo com as possibilidades e limites do contexto escolar. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo compreender e identificar os Círculos, sua organização e suas práticas sociais experimentadas em uma escola pública, bem como compreender o que os sujeitos da instituição narram sobre tais práticas, esboçadas nas seguintes indagações: o que são os Círculos de Construção de Paz na escola? Quais os sentidos que professores, estudantes e funcionários participantes construíram sobre os Círculos diante das situações vividas no chão da escola? Para essa reflexão, o arcabouço teórico basilar permeia a discussão sobre a concepção de escola como espaço sociocultural e dinâmico, de acordo com Dayrell (2001), dialogando com outros autores que se somam à temática; o conflito como fenômeno natural, de acordo com Simmel (1983, 2005), comungando com outros referenciais; e, ainda, a percepção dos Círculos de Construção de Paz, sob a ótica de Pranis e Boyes-Watson (2010, 2011, 2015), tecendo olhares em uma dimensão sociológica à luz de Goffman (2007, 2011, 2014) e Elias (1993, 2001, 2011), entre outros. Aqui, o campo escolhido foi uma escola da rede estadual de Fortaleza identificada com nome fictício, como também os participantes da pesquisa, no sentido de preservar o sigilo e a lisura da pesquisa. O percurso metodológico trilhado foi de natureza qualitativa, sempre priorizando as percepções e as interpretações dos sujeitos, utilizando um conjunto de ferramentas, dentre elas: entrevista em profundidade, grupo de discussão, observação direta e diário de campo de acordo com as possibilidades apresentadas no campo. Destarte, este estudo não tem a intenção de exaurir todas as inquietações propostas, mas a de aproximar-se o máximo possível do fenômeno, despertando novas e futuras reflexões que contribuam para as práticas educativas cada vez mais eficazes, apesar de os desafios e dilemas apontados pelos múltiplos olhares dos sujeitos escolares. Palavras-chave: Escola. Conflito. Círculos de Construção de Paz.</span></div> |