Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
ALENCAR, LUCAS PEREIRA DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88353
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Resumo: |
Espécies de fungos são isoladas com frequência da microbiota de diversos sítios anatômicos de animais sem causar danos ao hospedeiro, podendo ser encontradas também em ambientes terrestres e aquáticos, especialmente em áreas de cultivo animal. Espécies de Candida são comumente isoladas destes ambientes e de animais, sendo frequente a resistência a azólicos nestes isolados, por vezes, maior que o observado em isolados humanos. Este aparente paradoxo é mal compreendido, uma vez que a exposição de cepas ambientais e animais a estes antifúngicos não ocorre por tratamento/profilaxia dos hospedeiros animais. O presente estudo verificou a atividade antifúngica de extratos de Moringa oleifera frente 14 cepas de Candida spp. (3 C. ciferrii; 6 C. famata; 2 C. guilliermondii; 2 C. parapsilosis; e 1 C. tropicalis) e 10 cepas de Hortaea werneckii isolados da carcinicultura de M. amazonicum, assim como avaliou a toxicidade destes extratos in vitro. Ademais, foi investigada a expressão gênica das bombas de efluxo CDR1 e CDR2 em cepas de C. albicans resistentes a azólicos isoladas de animais (n=16) e humanos (n=2) e também a influência da exposição ao tetraconazol (azólico agrícola) e malathion (organofosforado) na ocorrência de resistência ao fluconazol, itraconazol e voriconazol em C. parapsilosis ATCC 22019. A partir dos dados obtidos no teste de microdiluição in vitro, evidenciou-se que o extrato clorofórmico de flores inibiu o crescimento de todas as cepas fúngicas associadas à carcinicultura de M. amazonicum. O extrato etanólico de folhas, flores e sementes inibiu o crescimento de 22/24, 21/24 e 20/24 cepas, respectivamente. O extrato de vagens inibiu somente cepas de Candida spp. (14/14) e, por sua vez, o extrato de caule inibiu apenas quatro cepas de H. werneckii (4/10). Os extratos de sementes, flores (fração clorofórmica), caules e folhas apresentaram baixa ou nenhuma toxicidade em larvas de M. amazonicum, enquanto que extratos de vagens e flores (fração etanólica) apresentaram toxicidade moderada. Quanto à expressão gênica analisada por qPCR, verificou-se que há correlação entre a resistência a fluconazol e a expressão de CDR1 em C. albicans resistentes a azólicos, uma vez que a expressão de CDR1 estava aumentada em 56,25% (9/16) destas cepas. Foi demonstrado ainda que a exposição, in vitro, ao tetraconazol, mas não ao malathion, diminui a sensibilidade aos azólicos clínicos, especialmente ao fluconazol. Este fenômeno é mediado, pelo menos em parte, pela atividade de bombas de efluxo dependentes de ATP, haja visto o aumento da sensibilidade das réplicas de C. parapsilosis, com o uso de prometazina; assim como o aumento no efluxo de rhodamina 6G e o aumento de expressão dos genes das bombas de efluxo CDR. Também há indícios de envolvimento de bombas MDR nas réplicas resistentes a fluconazol, sem alteração na biossíntese de ergosterol nem na expressão<br/>do gene ERG11. Portanto, ficou demonstrado na primeira parte deste trabalho, a potencialidade do uso de extratos de M. oleifera no controle de fungos associados a carcinicultura de M. amazonicum. Ademais, ficou evidente, na análise molecular, o envolvimento de bombas de efluxo CDR em C. albicans de origem animal resistentes a azólicos. Por fim, demonstrou-se que a exposição de C. parapsilosis ao tetraconazol, in vitro, induz resistência a azólicos de uso clínico também via superexpressão de CDR.<br/>Palavras-chave: Aquacultura. Moringa oleifera. Candida sp. Resistência à azólicos. Bomba de efluxo. Genes CDR. |