Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Quintino, Luciana Vilma Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66908
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Resumo: |
Os maus tratos infantis são cometidos quando um indivíduo se utiliza de sua condição de superioridade para cometer um dano físico, psicológico e/ou sexual, contrariamente à vontade da criança. Podem acarretar em traumas físicos e psicológicos. O número de vítimas vem aumentando nos últimos anos, destacando-se como um sério problema de saúde pública. O atendimento exige uma abordagem cuidadosa e sensível, os serviços de saúde precisam estar preparados para atender a essa demanda. Este estudo teve como objetivos: compreender como ocorre o cuidado de profissionais de saúde a crianças vítimas de maus tratos; apreender o significado que os profissionais de saúde atribuem ao cuidado a crianças vítimas de maus tratos; identificar as práticas de cuidado utilizadas pelos profissionais de saúde no atendimento a crianças vitimadas por maus tratos e descrever os fluxos de atendimento a crianças que sofrem maus tratos, bem como aos seus familiares. A trajetória metodológica fundamentou-se na abordagem qualitativa e teve como cenário a emergência pediátrica de um hospital municipal localizado na cidade de Fortaleza. Participaram do estudo 14 profissionais de saúde desta emergência. Utilizaram-se como técnicas de coleta de dados a entrevista semiestruturada e a observação sistemática das práticas. A coleta das informações ocorreu de março a junho de 2010. As informações foram analisadas de acordo com a técnica de análise de conteúdo e discutidas com base no referencial teórico. Foram construídos os seguintes temas: perfil profissional dos participantes; concepções de cuidado a crianças vítimas de maus tratos; emoções surgidas nos participantes durante o cuidado a crianças vítimas de maus tratos; fluxograma de atendimento e práticas de cuidado a crianças vítimas de maus tratos. Os resultados revelaram que o acolhimento e o vínculo foram utilizados como ferramentas do processo terapêutico, apesar de alguns profissionais não se envolverem nesse processo. A multidisciplinaridade e a responsabilidade foram vistas como condições fundamentais para o cuidado. Durante o cuidado, os participantes revelaram ter surgido sentimentos, dentre eles, destacaram-se: pena, revolta, tristeza, angústia, preocupação e impotência. O fluxograma de atendimento no serviço apontou falhas, como: burocratização no atendimento, inexistência de classificação de risco no serviço noturno, subnotificação, avaliações rápidas e desrespeito à privacidade. Com relação aos resultados da pesquisa, concluiu-se que os participantes se preocupavam com problemas que ultrapassavam suas limitações profissionais e não realizavam questionamentos acerca dos serviços que compunha a rede de proteção às crianças vítimas de maus tratos e das políticas públicas necessárias ao enfrentamento deste agravo. Além disso, durante o cuidar dessas crianças, eles mobilizavam emoções que poderiam influenciar negativamente no processo terapêutico. Palavras-chave: Maus Tratos Infantis. Cuidado da Criança. Acolhimento. Assistência à Saúde. Emoções. |