Deslocamento e estetização nas abordagens sobre a juventude nos estudos das culturas juvenis no Brasil de 1990 a 2000

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bezerra, Teresa Cristina Esmeraldo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106781
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A presente Tese tem como objeto de investigação os estudos sobre as culturas juvenis&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">desenvolvidos no campo das Ciências Sociais brasileiras no período de 1990 a 2000. Daí&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">analisar o problema do deslocamento para a cultura e o apelo ao estético nas abordagens&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">contemporâneas sobre a juventude, que se apresenta desde as primeiras pesquisas sobre&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">as culturas juvenis emergentes nas cidades brasileiras nos anos 1980 até os anos 2000. No&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">corpus da pesquisa contempla-se um conjunto de 16 obras sobre o tema das culturas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">juvenis, reunindo os primeiros estudos sobre este tema e as novas pesquisas publicadas no&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">país durante os anos 1990 e 2000. Para uma análise dessas obras propõe-se a seguinte&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">questão: se o deslocamento para a cultura e a ênfase no estético nos estudos das culturas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">juvenis significa, necessariamente, uma estetização da juventude. Na resposta a esta&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">questão, consideram-se os pressupostos investigativos e o vocabulário estético recorrentes&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">nas interpretações sobre as culturas juvenis, com base em uma orientação teórico-metodológica&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">que articula Estética e Estudos culturais, com o objetivo de se esclarecer as&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">diferenças entre uma abordagem estético-social ampla sobre a juventude, de uma&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">abordagem que estetiza os jovens e a juventude. Para tanto, pressupõe-se a diferença entre&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">o estético, compreendido como dimensão antropológica da cultura, que remete ao domínio&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">da sensibilidade e dos afetos; e a estetização e o estetismo, compreendidos como um&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">fenômeno histórico e social específico, que diz respeito à experiência estética de massa&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">vivenciada na contemporaneidade, pois nesse contexto a cultura articula-se à mídia, ao&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">mercado e aos consumos globalizados. Na hipótese interpretativa sustenta-se que esse&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">deslocamento para a cultura e a ênfase no estético nos estudos de juventude não significa,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">necessariamente, uma estetização da juventude, entretanto, observa-se a presença de um&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">estetismo difuso nas obras investigadas, pois nelas o estético tende a se reduzir a uma&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">descrição da aparência imediata dos jovens, na qual as experiências corporais, sensitivas e&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">emocionais vivenciadas por eles (as) nos diversos grupos e espaços culturais das cidades&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">parecem falar por si só, tornando-se um fim em si mesmo. O deslocamento para a cultura e&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">a ênfase no estilo visual e na dimensão sensual, lúdica e hedonística das experiências&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">juvenis no consumo tendem a absorver, dissolver ou confundir as diferenças e as&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">desigualdades sociais (classe, gênero, raça e etnia) entre os jovens, neutralizando, assim, a&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">dimensão conflitual das experiências estéticas dos jovens no presente.&nbsp;</span></div><div style=""><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavras-chave: cultura. estetização. estetismo. culturas juvenis. estudos de juventude.&nbsp;</span></div>