Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lima, Natasha Alves Correia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113900
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Resumo: |
A presente pesquisa de doutoramento objetiva a análise, amparada no aporte marxiano-lukacsiano, do processo de precarização do trabalho docente, no contexto de crise estrutural do capital, e sua relação com a agudização do adoecimento dos professores na Rede Municipal de Ensino de Fortaleza. Levantamos como hipótese que, na contemporaneidade, a saúde do professor está consideravelmente comprometida, pois o trabalho docente se encontra centrado nas contradições do modo de produção capitalista, sendo regida pela relação capital versus trabalho de modo geral. Na perspectiva de entender as bases e as dimensões históricas que perpassam o processo de desvelamento do presente objeto, utilizamos o método onto-marxiano, referencial que nos permite desvelar as contradições e determinantes do real. Desta forma, apresentamos uma investigação voltada para a prática docente dos professores, a partir do próprio olhar dos trabalhadores em educação. Por meio da aplicação de um questionário eletrônico, que contou com a participação de 196 professores da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza. O objetivo principal do questionário foi analisar a percepção dos trabalhadores em educação sobre o trabalho docente e a saúde dos professores no município de Fortaleza, correlacionando a sincronicidade do processo de precarização e de adoecimento dos professores neste município. Ademais, ressaltamos que a escolha por esta temática não visa contribuir para nenhum tipo de reforma parcial dentro do sistema capitalista, e sim se situa na busca de uma maior fundamentação teórica das políticas de saúde dos trabalhadores em educação, atualmente calçada em princípios mercadológicos neoliberais. Em razão, para que possamos desnaturalizar e superar, a violência e degradação das relações sociais e produtivas capitalistas, conscientemente estimuladas pelo Estado e pelo capital, por intermédio do sacrifício, do sofrimento e da degradação humana impostos de maneira fatal, como regra aos trabalhadores. Quando analisamos as respostas dos trabalhadores em educação, percebemos que as mesmas deixam de ser queixas pessoais e passam a ser queixas coletivas, ou seja, problemas de cunho social. Diante disso, podemos afirmar que as condições de trabalho precarizadas são constituídas por um movimento global que tem por objetivo principal a manutenção do status quo. Os indivíduos submetidos a essas relações de alienação não conseguem entender as próprias condições de precarização. Ao normalizarem situações degradantes em suas respostas, percebemos que o movimento global do capital vem a mais de três décadas deteriorando as relações trabalho e, consequentemente, as relações humanas. Conseguinte, visamos nortear práticas educativas emancipadoras, na direção de compreender os elementos necessários à efetiva superação da ordem burguesa e concretização da emancipação humana. |