Parâmetros citológicos e leucocitários de hamsters infectados com Leishmania braziliensis e tratados com a fração acetato de etila de cocos nucifera Linn. (Palmae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Freitas, José Claudio Carneiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=47266
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">As leishmanioses são doenças infecciosas causadas por parasitos protozoários do&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px;">gênero Leishmania. As drogas de primeira escolha para o tratamento são ainda os&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">antimoniais pentavalentes, apesar de sua cardio e nefrotoxocidade e limitações na sua&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">administração, portanto, se faz necessária a utilização de novas drogas para o tratamento&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">da leishmaniose. Como a população dos países em desenvolvimento ainda é muito&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">dependente da medicina tradicional, uma ótima alternativa seria o uso e validação de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">drogas derivadas de plantas. Esse trabalho teve como objetivo avaliar os parâmetros&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">histopatológicos e leucocitários de hamsters infectados com Leishmania braziliensis e&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">tratados com a fração acetato de etila da água da casca de coco verde (ACCV). Foram&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">utilizados 16 hamsters machos e adultos, com peso variando entre 120 e 140g. Os&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">animais foram divididos em quatro grupos: G1-tratado e não-infectado, G2-não-tratado&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">e infectado, G3-tratado e infectado e G4-pré-tratado, tratado e infectado. G1, G3 e G4&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">foram tratados diariamente, por via oral, com 300mg/Kg do extrato acetato de etila,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">durante 21 dias, sendo que G4 também recebeu um pré-tratamento cinco dias antes da&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">infecção, com a mesma dose do tratamento. No dia -42 do experimento foram&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">inoculados promastigotas de L. braziliensis, numa concentração de 2x107 em 20&#956;L por&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">pata, por via subcutânea, na pata posterior direita dos animais. As patas foram&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">mensuradas semanalmente para o acompanhamento do tamanho da lesão. Sangue&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">periférico de todos os animais foi coletado nos dias -75, -26 e 22 do experimento, para a&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">determinação dos parâmetros hematológicos. O sacrifício dos animais foi realizado no&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">dia 22 do experimento. Patas posterior direita e esquerda foram coletadas e seccionadas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">para realização de “imprint” de subcutâneo em lâminas de microscopia, que foram&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">coradas com corante panótico, para determinar a presença de formas amastigotas de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">Leishmania braziliensis, sendo também encaminhadas para histopatologia juntamente&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">com fragmentos de pele. O extrato acetato de etila utilizado foi analisado através de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">uma prospecção fitoquímica, de acordo com a metodologia descrita por Matos (1997),&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">para determinação qualitativa e quantitativa dos compostos químicos presentes. Dessa&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">avaliação fitoquímica observou-se a presença de taninos condensados, flavononóis,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">flavanonas e flavonóis. Nos resultados não foram observadas diferenças significativas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">entre o tamanho das lesões dos animais dos grupos G2, G3 e G4. Contudo, verificou-se&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">aumento gradativo da espessura da pata infectada em relação à contralateral. Nos&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">“imprints” foi observada nas patas infectada a presença de formas amastigotas de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">Leishmania e infiltrado celular caracterizado por macrófagos, linfócitos e células&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">gigantes, evidenciando processo inflamatório crônico. Todos os animais ganharam peso&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">e não foram observadas alterações clínicas visíveis. A avaliação dos parâmetros&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">hematológicos demonstrou não haver diferenças significativas, em nenhuma das coletas,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">nos valores de leucócitos totais e neutrófilos, apresentando eosinófilos aumentados em&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">G1 e em G4 na segunda coleta e em G3 na terceira coleta. Já os valores relativos de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">linfócitos apresentaram-se mais baixos em G1 e G4 na segunda coleta e&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">consideravelmente mais baixos em G1, G3 e G4 na terceira coleta. Então, podemos&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">concluir que o tratamento com o extrato acetato de etila de ACCV não apresenta&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">atividade efetiva na eliminação do agente etiológico nessas condições, sugerindo&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">estudos futuros com mudanças no protocolo experimental.</span></div>