Vygotsky: Um Estudo Acerca das Funcoes Psicologicas Superiores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Lima, Marteana Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=16717
Resumo: Um crescente interesse pela obra Vygotsky vem sendo despertado entre os educadores brasileiros, principalmente no que se refere aos estudos sobre o pensamento e a linguagem, a zona de desenvolvimento proximal. Esses conceitos tem sido divulgados de uma forma simplista, sendo despojados do seu imbricamento com o materialismo historico e dialetico. Nao dimensionam, portanto, o cenario que foi palco da producao vygotskiana, nem contemplam o contexto mais amplo da psicopedagogia socio-historica. Desta forma, percebe-se uma apropriacao das ideias de Vygotsky dissociadas do contexto que, de fato, estabelece o seu sentido. A preocupacao de Vygotsky centrava-se no objetivo de realizar uma transformacao na ciencia psicologica da sua epoca, reestruturando-a a partir da fundamentacao marxista. O estudo aqui realizado e uma tentativa de compreender um dos elementos centrais da abordagem vygotskiana : as funcoes psicologicas superiores. Para isso, inicia-se com a caracterizacao da psicologia vygotskiana, orientada pela analise de um quadro epistemologico mais amplo que, nao so lhe serviu de cenario, como tambem exerceu grande influencia na sua constituicao. O estudo sobre as funcoes psicologicas superiores, elemento central da sua teoria, abriu espaco para a discussao do papel do trabalho, enquanto atividade mediada, na constituicao da sociedade e historicidade do ser humano. O trabalho humano possibilitou, tambem, a criacao de uma ambiencia socio-cultural capaz de efetivar o processo de socializacao e individualizacao prescindindo do trabalho de forma direta. Uma vez constituida esta ambiencia, os processos de interacao e internalizacao impulsionam a formacao social da mente. A linguagem tem papel fundamental para essa formacao. Como elemento mediador das relacoes historico-sociais, a linguagem realiza tanto a interacao dos individuos com o seu grupo social, como a internalizacao da cultura acumulada pelas geracoes precedentes, permitindo que os aspectos inter-psicologicos possam tornar-se intrapsicologicos.