Evolucao Paleogeografica do Baixo Vale do Rio Coreau e Plantaforma Continental, Ceara, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Farrapeira Neto, Carlos de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75158
Resumo: A paleogeografia é uma ferramenta utilizada pela geografia física capaz de analisar <br/>o meio ambiente a partir de referências baseadas no passado geológico. Assim, este <br/>tema se torna fundamental para os estudos costeiros no Ceará, onde se verifica a <br/>carência destes trabalhos em geral. O estudo tem como objetivo identificar os <br/>processos interativos dos componentes geoambientais do baixo Coreaú e <br/>plataforma adjacente, para definir os fluxos desencadeados no Plio-Pleistoceno / <br/>Holoceno. Para isso, foram realizados levantamentos bibliográficos e cartográficos. <br/>Foram utilizados os softwares ArcGIS 9.3, Surfer 10, Strater 1.02.27 e Global <br/>Mapper 11 para a sistematização das atividades relacionadas à identificação e <br/>evolução ambiental. Em etapa de campo foram delimitados quarenta e nove pontos <br/>de perfilagem geofísica e coleta sedimentar divididos em três seções, quando se <br/>utilizou uma draga VAN VEEN, dois sonares Sub Bottom Profile SB-216S e Side <br/>Scan Sonar 272-TD e um robô para filmagens submersas R.O.V. LBV 150². Em fase <br/>laboratorial as amostras armazenadas foram processadas e aplicadas à metodologia <br/>do peneiramento, carbonato de cálcio e matéria orgânica. A análise sísmica foi <br/>interpretada pelo software livre SeiSee 2.16.1. Os resultados evidenciam, através <br/>da compartimentação territorial, os parâmetros e processos que serviram de base <br/>para compreensão dos sistemas em escala evolutiva. Em área imersa houve maior <br/>presença de sedimentos médios, 38,45%, areias muito grossas e finas, 22,58%, <br/>areias grossas, 12,9% e areias muito finas, 3,22%, o que delimita as áreas com <br/>carbonato de cálcio que estão concentradas entre os pontos de coleta 10 a 37 com <br/>teores de 80% a 99%. A matéria orgânica se concentrou dos pontos 01 a 09 e em <br/>áreas do canal afogado com valores entre 5% a 9%, indicando proximidade da fonte <br/>de descarga orgânica. O modelo evolutivo criado confirmou a área como produto de <br/>mecanismos estruturais e climáticos, onde as etapas geológicas criaram o atual <br/>panorama. Através da sísmica foi observado o leito afogado do rio Coreaú, e seu <br/>traçado, confirmando e complementando os estudos já desenvolvidos por outros <br/>autores nessa área. Desse modo, esse estudo como pesquisa pioneira em <br/>paleogeografia dentro do Estado do Ceará se estabeleceu como importante <br/>instrumento do conhecimento da evolução ambiental e deixa desde já o primeiro <br/>passo para outras pesquisas nesta temática. <br/><br/>&nbsp;<br/><br/>PALAVRAS-CHAVE: Paleogeografia, evolução ambiental e fluxos interativos.