Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Bonfim, Marco Antonio Lima do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=68493
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta uma análise da construção performativa da identidade de Sem Terra assentado no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Ceará (MST-CE). A pesquisa se insere na linha da Pragmática Cultural. Uma pragmática linguística voltada para o debate sobre as dimensões éticas e políticas da linguagem, e preocupada com as implicações práticas do trabalho do/a linguista para/na sociedade. O objetivo principal foi investigar, in locu, a constituição da identidade de Sem Terra assentado a partir dos efeitos perlocucionários dos atos de fala (compostos por fatores linguísticos e os ditos não-linguísticos) constituintes do jogo de linguagem mística, jogado pelos/as trabalhadores/as rurais Sem Terra residentes no Assentamento Lênin Paz II, situado no município de Ibaretama - CE. Para tanto, propus uma Pragmática etnográfica, isto é, um método de estudo da linguagem que conjuga a análise da linguagem (numa visão integracionista, HARRIS, 1981) enquanto constituída por jogos de linguagens (WITTGENSTEIN, 1989) a partir dos atos de fala (AUSTIN, 1990), com a pesquisa etnográfica. A pesquisa mostrou que as nossas identidades sociais são constituídas a partir dos efeitos, tanto de nossos como de outros atos de fala, que reiteradamente postulam o que nós estamos sendo. No caso da construção performativa do Sem Terra Assentado no MST-CE, percebi que tal identidade é construída, por um lado, no confronto com a identidade de sem-terra re-produzida pelos/as próprios/as assentados/as e também, pela sociedade (população de Ibaretama). E por outro, pela afirmação do Sem Terra militante, que nega o sem-terra constituindo-se enquanto Sem Terra assentado-militante, uma vez que a identidade (memória) de militante está sempre se atualizando na identidade de assentado.Palavras-chave: Pragmática Cultural. Identidade performativa. MST-CE. Linguística Aplicada. |