Efeito da auriculoterapia nos sinais motores da pessoa idosa com doença de Parkinson

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Silva, Livia Nornyan Medeiros
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=114068

O cuidado clínico à pessoa idosa precisa ser ampliado e direcionado para as reais necessidades de saúde. Na enfermagem, o cuidado visa estimular a funcionalidade e a qualidade de vida dos indivíduos nas diferentes fases da vida. A pessoa idosa clama por variados serviços de saúde, especialmente quando acometidos por comorbidades crônicas, como o Parkinson, ao qual ocasiona o comprometimento motor. Com o intuito de ampliar as opções terapêuticas com foco interdisciplinar, destaca-se a auriculoterapia (AT), como recurso terapêutico eficaz e complementar no cuidado ampliado em saúde. Neste estudo objetivou-se avaliar o efeito da AT nos sinais motores da pessoa idosa com Parkinson. Trata-se de uma pesquisa do tipo experimental, prospectiva, não - controlada, braço único, do tipo antes e depois, realizada em duas etapas. A primeira foi uma abordagem descritiva e exploratória e a segunda etapa, experimental, na qual foi desenvolvida uma intervenção em um grupo determinado oriundos da primeira etapa. A amostra foi de 20 pessoas idosas com doença de Parkinson atendidas no ambulatório de Práticas Integrativas da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FAEN/UERN). Para coleta de dados da fase descritiva foram utilizados quatro instrumentos: O perfil clínico–epidemiológico, a funcionalidade, com a Escala da Atividade do Parkinson (EAP), a qualidade de vida, com o Parkinson Disease Questionnaire39 (PDQ-39) e a Escala Unificada de Avaliação para a Doença do Parkinson - parte III (UPDRS-III), todos foram aplicados antes da intervenção. Na fase experimental foi utilizado o UPDRS-III antes e depois da execução da intervenção da AT. Nas variáveis qualitativas, realizou-se análise descritiva por meio de distribuições de frequências absolutas e relativas. Enquanto nas variáveis quantitativas avaliadas no estudo, analisaram-se estatísticas descritivas de medidas de tendência e de dispersão dos dados. Os resultados revelaram com a aplicação do PDQ-39 uma diferença estatística na percepção da qualidade de vida em média de 66,25 pontos tanto entre as dimensões de maior escore, ou seja, mobilidade e apoio social quanto para as de menor escore, que foi a comunicação. Na avaliação sobre a funcionalidade, a pontuação média foi de 25,65 pontos com maior pontuação para a acinesia da marcha. No que tange aos sinais motores foi evidenciado a diminuição dos escores e houve associação significativa para atividades de vida diária, exame motor, complicações da terapia e outras complicações. No UPDRS-III, que avalia a parte motora, o escore global apresentou média de 10,62 antes da intervenção e após a intervenção obteve-se a queda no escore com a média de 9,19, apresentando associação para o tremor e a bradicinesia. A partir disso, evidencia-se a necessidade de ampliar o leque de opções terapêuticas nos serviços de saúde, possibilitando o desenvolvimento de soluções aplicáveis de resolutividade a partir do perfil de cada pessoa idosa. Verificou que AT é capaz de reduzir os sinais motores relacionados a doença do Parkinson e com isso trazer efeitos na funcionalidade e qualidade de vida. Palavras-chaves: doença de Parkinson; auriculoterapia; sinais motores; terapias complementares; enfermagem.