Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Barreto, Francisco Dilton Chaves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=76264
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Resumo: |
A temática deste trabalho abrange três campos convergentes: artes visuais, seu ensino e a sua formação docente. Neste último, concentram-se suposições que visualizamos através dos mitos e preconceitos, norteadores das questões propostas. A problemática da pesquisa se faz na contradição entre os interesses dos alunos, suas escolhas e os objetivos do curso pesquisado, estabelecidos em seu projeto pedagógico. Partiu da observação feita em sala de aula, quando das respostas dos alunos à seguinte indagação: quem realmente estava ali para ser professor? Um percentual elevado não pretendia seguir a docência, justificando que a licenciatura somente lhes serviria como uma ponte: era uma forma de aproveitamento do curso para áreas afins. Justificamos nossas preocupações no comprometimento com a melhoria do Ensino de Arte na rede pública. Levamos em conta, ainda, que o processo formativo do professor é de fundamental importância, pois é ele elemento propositor de mudanças. A pesquisa tem como objetivo investigar a formação docente em artes visuais, na representação dos alunos do curso de Licenciatura em Artes Visuais do IFCE, tendo por base os mitos e preconceitos, desvelando de que forma estes atuam no processo de formação docente e na decisão, por parte do estudante, em ser ou não ser professor. Objetivamos, especificamente, analisar os motivos que definem a escolha pelo curso, de forma a entender como essa escolha profissional é afetada pelos mitos e preconceitos. Perpassam nossos objetivos, ainda, identificar, na trajetória dos estudantes, se houve mudanças com relação ao seu propósito de formação profissional e identificar em que medida os mitos e preconceitos estão relacionados à evasão e à autoestima dos alunos. Mitos e preconceitos são observados na confluência dos campos citados acima, e somente nessa interseção conformam o objeto de estudo e são considerados como categorias de análise. Trata-se de um estudo de caso, e nos apoiamos na perspectiva etnossociológica de Daniel Bertaux, utilizando-nos do instrumental metodológico de cunho qualitativo: narrativas de vida, observação participante, entrevistas, além de estudos bibliográficos. Com os dados levantados, trabalhamos as análises que consideraram a articulação dos três campos mencionados. Para levar a termo tal análise, tivemos a contribuição da sociologia praxiológica, de Pierre Bourdieu, que nos fez entender a formação do habitus, levando em conta os mitos e preconceitos, que são de difícil apreensão, dando-se, às vezes, de forma implícita. Antes de os inserirmos na problemática da pesquisa, os conceituamos em sua essência: para a compreensão de mito, fizeram-se presentes as abordagens filosófica e antropológica, e para a de preconceito, a abordagem psicossocial. Consideramos, ainda, as características da formação cultural brasileira, a história do ensino de arte no Brasil e no Ceará, assim como as condições formativas do professor de arte, abordando seus aspectos institucionais, contextualizadas nas propostas filosóficas de sua reflexividade e autonomia profissional. Concluímos em nossas observações que o curso pesquisado não possui uma identidade universitária e que mitos e preconceitos contribuem de forma negativa nesse processo, afetando diretamente os objetivos do curso: formar professores. Palavras-chave: mitos e preconceito; formação docente; artes visuais e seu ensino. |