Elaboração e validação de protocolo clínico para o manejo pós-operatório de transplante de córnea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Adriana Kercia Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=100702
Resumo: A cegueira causada por doenças corneanas é reversível em sua grande maioria através do transplante de córnea (Tx). Algumas complicações são comuns após o Tx e incluem rejeição, catarata e glaucoma, considerados fatores de risco para falência do enxerto da córnea doadora, bem como para perda visual funcional final. O manejo pós-operatório ainda permanece um desafio, pois há heterogeneidade entre as condutas. Os objetivos desse trabalho foram elaborar um protocolo para o manejo pós-operatório de Tx, através de revisão da literatura sobre pós-operatório e imunossupressão em Tx a fim de estabelecermos uma rotina clínica baseada em evidências e validar o protocolo criado, quanto ao conteúdo, por juízes especialistas. Este foi um estudo de desenvolvimento metodológico de elaboração e validação de protocolo clínico que se constituiu em três etapas: (1) revisão ampla da literatura acerca das produções científicas sobre os principais pontos do manejo pós-operatório envolvendo pacientes de baixo e alto risco submetidos à Tx; (2) construção do protocolo de avaliação e manejo pós-operatório de Tx; (3) validação do protocolo por cirurgiões experts em Tx. O instrumento utilizado para validação foi o Appraisal of Guidelines, Research and Evaluation (AGREE II). O mesmo consiste em 23 perguntas divididas em 6 domínios e mais duas perguntas de avaliação global. Consideramos validados os domínios com nota escalonada igual ou superior a 70%. A coleta de dados ocorreu de novembro de 2020 a fevereiro de 2021, sendo selecionados 7 juízes especialistas. O protocolo obteve as seguintes notas de adequabilidade: domínio 1 (escopo e finalidade) = 88,9%; o domínio 2 (envolvimento das partes) = 88,9%; domínio 3 (rigor do desenvolvimento) = 79,8%; domínio 4 (clareza da apresentação) = 85,7%; domínio 5 (aplicabilidade) = 70,2%; domínio 6 (independência editorial) = 90,5%. Na avaliação global, quatro juízes (57,1%) responderam que recomendariam o uso do protocolo sem necessidade de modificações e 3 juízes (42,9%) recomendariam com algumas modificações. Nenhum juiz respondeu que não recomendaria o uso do protocolo. O protocolo foi considerado validado. Diante das sugestões e contribuições durante o processo de validação, o protocolo passou por ajustes e acréscimos a fim de torná-lo clinicamente reprodutível.