Performances narrativas e escrevivências da coletiva cultural Pretarau: de uma escrita feita por mulheres negras periféricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: MARTINS, RUTH LIMA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=114900
Resumo: No presente trabalho, a proposição é analisar como as performances narrativas e escrevivências das escritoras periféricas de Fortaleza e região Metropolitana, constituem a coletiva cultural Pretarau – Sarau das pretas, com estes objetivos específicos: Mapear quais performances narrativas são encenadas pelas escritoras periféricas da coletiva cultural Pretarau – Sarau das pretas;Identificar que palavras mundo são produzidas nas escrevivências das participantes da Coletiva Pretarau – Sarau das pretas. E para realização de tal propósito, apoiamo-nos na perspectiva da Pragmática Cultural (ALENCAR, 2015), na estilização de gênero e atos de corpo (BUTLER, 2020, PINTO, 2002), na teorização de narrativa como performance (MELO; MOITA LOPES, 2014) e nos estudos do feminismo negro sobre raça e interseccionalidade ( DAVIS, 2016, HOOKS, 2019, COLLIN, 2017, CARNEIRO, 2011, AKOTIRENE, 2019, GONZALEZ, 1988) e no projeto estético e político chamado de Escrevivência (EVARISTO, 2009) para produção literária feminina negra que carrega subjetividade do corpo-mulher-negra em vivência na sua escrita. Em relação aos procedimentos e os instrumentos de geração de dados, o percurso metodológico dessa pesquisa, além da observação participante, se dá, principalmente através de entrevistas semiestruturadas com as participantes da coletiva para análise das performances narrativas. A geração de dados e seleção do corpus, também se constituíram, pela produção escrita das escritoras da coletiva através do livro, Ofò Pretarau antologia poética (2020). As performances narrativas que são encenadas pelas participantes apontam para o papel de escritora como um lócus de enunciação política, de luta e emancipação para as mulheres negras periféricas. No que se refere às escrevivências das poetas, elas nos mostram que as escritoras negras da periferia reivindicam sua origem social no fazer literário, como marca de contestação e um modo de escancarar que a periferia é também lugar de arte, de sentido, de expressões culturais.