Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
AUTOR NÃO INFORMADO |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83828
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Resumo: |
RESUMO<br/>No transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) o estado nutricional é um<br/>fator determinante do prognóstico, estando relacionado com o risco de doença do<br/>enxerto versus hospedeiro. Já o estresse oxidativo parece estar relacionado ao tempo<br/>de pega do enxerto. O desequilíbrio oxidativo pode ser atenuado com a ingestão de<br/>vitaminas antioxidantes e com a manutenção de um bom estado nutricional.<br/>Entretanto, a ingestão alimentar pode ser abalada pelos efeitos adversos dos<br/>medicamentos usados antes do transplante. O objetivo do presente trabalho é avaliar<br/>as interações entre estado nutricional, consumo alimentar e estresse oxidativo em<br/>pacientes pré-TCTH. O estudo do tipo transversal foi realizado com pacientes do<br/>ambulatório de hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídeo. Coletou-se<br/>dados demográficos, dados clínicos (doença e tipo de transplante), avaliação subjetiva<br/>global produzida pelo próprio paciente e indicadores antropométricos como<br/>circunferência da cintura, índice de conicidade, percentual de gordura corporal, força<br/>muscular e presença de sarcopenia. Realizou-se coleta de 4 mL de sangue de cada<br/>indivíduo para determinação do estresse oxidativo. O estresse oxidativo foi analisado<br/>por níveis de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico. Além disso, realizou-se dois<br/>recordatórios alimentares de 24h para estimativa de consumo habitual de energia,<br/>macronutrientes, micronutrientes e fibras. Os dados foram expressos em frequências,<br/>percentuais, média, desvio-padrão e as análises estatísticas foram realizadas através<br/>do softtware SPSS (versão 19), o p<0,05 foi definido como estatíticamente<br/>significante. O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do<br/>referido hospital. A população do presente estudo foi constituída de 72 pacientes com<br/>indicação de TCTH, sendo a maioria do sexo masculino (56,9%) e idade média de<br/>48,93 (±14,5) anos. A patologia prevalente foi mieloma múltiplo (51,4%). Conforme<br/>Índice de Massa Corpórea, 55,6% dos pacientes encontravam-se com excesso de<br/>peso. De acordo com a circunferência da cintura, índice de conicidade e percentual<br/>de gordura corporal houve prevalência para risco de doença cardiovascular.<br/>Sarcopenia esteve associada ao risco de doença cardiovascular pela razão cintura<br/>quadril (p=0,021); depleção da força muscular de acordo com a dinamometria<br/>(p<0,001); alteração da ingestão alimentar (p=0,23), capacidade funcional (p=0,048)<br/>e classificação do estado nutricional (p=0,044), conforme ASG-PPP. Dentre os<br/>avaliados, foram obtidos dados referentes à ingestão alimentar de 63 participantes.<br/>Desses, 96,8% apresentaram consumo adequado de proteína e 87,3% consumo<br/>inadequado de calorias. O consumo de vitamina B6 e manganês associou-se à<br/>presença de sarcopenia (p=0,022). De acordo com a avaliação do estresse oxidativo,<br/>66,7% dos avaliados apresentaram estresse oxidativo baixo, não houve associação<br/>significativa entre estresse oxidativo e as variáveis estudadas. Concluiu-se que<br/>pacientes pré-TCTH apresentaram baixo estresse oxidativo, porém com depleção<br/>muscular importante (sarcopenia), ingestão inadequada de nutrientes e risco de DCV.<br/>Palavras-chave: Transplante de Medula Óssea. Estresse oxidativo. Estado<br/>nutricional. |