Desenvolvimento e validação de protocolo gráfico como dispositivo para segurança medicamentosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: PESSOA, GRAÇA ROCHA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117390
Resumo: A terapia medicamentosa é complexa, devido ao envolvimento de múltiplas etapas e de, minimamente, três categorias profissionais, além das características dos próprios medicamentos. Recomendações para fortalecer a segurança desta têm sido elaboradas e divulgadas internacionalmente. No entanto, pela complexidade, dificilmente, o tema é passível de esgotamento, além de persistir como importante fonte de erros, eventos adversos, prejuízos e mortes, de modo que a necessidade de produção de conhecimento e tecnologias nessa temática é atual e persistente. Neste sentido, este estudo objetivou desenvolver um protocolo gráfico em segurança medicamentosa, a ser aplicado no aperfeiçoamento das condutas de médicos(as), farmacêuticos(as) e equipe de enfermagem, a pacientes adultos, sob cuidados hospitalares. Trata-se de pesquisa metodológica, que seguiu as etapas recomendadas pelo Guia para a Construção de Protocolos Assistenciais do COREN-SP: apreciação ética, com aprovação sob CAAE 68120223.0.0000.5294; revisão da literatura; elaboração e validação do protocolo. A qualidade das informações foi avaliada por meio do Appraisal of Guidelines Research & Evaluation (AGREE II), por juízes, e pelo Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional em Saúde (IVCES), por profissionais da saúde. Adotou-se, para validade, concordância acima de 78%. A coleta de dados ocorreu de setembro de 2023 a setembro de 2024. Os participantes, 12 juízes e 40 profissionais da saúde, foram oriundos das áreas da medicina, farmácia e equipe de enfermagem. No parecer dos juízes, o protocolo foi classificado, na avaliação global, com notas máxima e submáxima por cinco e sete juízes, respectivamente. Os aspectos de maior qualidade, para eles, foram a clareza dos objetivos (90,2%) e da definição do público-alvo (90,2%) e o rigor na busca de evidências (90%). O item opinião da população-alvo obteve a menor pontuação (68%), fragilidade superada na etapa posterior da pesquisa, de avaliação do protocolo entre os profissionais da saúde. O domínio Aplicabilidade (79,5%) foi ajustado, com a inclusão de facilitadores, desafios e implicações econômicas para implementação do protocolo. A avaliação por profissionais da saúde originou os seguintes aperfeiçoamentos: inclusão de um item para estimular o pensamento reflexivo; acréscimos dos objetivos e da importância do protocolo no produto gráfico, de recomendações sobre tempo entre preparo e administração de medicamentos e verificação de interações entre antibióticos administrados no mesmo horário e acréscimo do item alergias do paciente. A recomendação de integrar o farmacêutico clínico à equipe multidisciplinar foi considerada essencial para a segurança do paciente e o fortalecimento da colaboração interprofissional e melhoria dos resultados clínicos dos pacientes. Os profissionais elogiaram o protocolo, por incentivar a reflexão, atenção e os cuidados relativos à medicação, pelo zelo na elaboração e potencial para prevenir erros de medicação comuns no contexto hospitalar. O protocolo obteve IVC de 0,99, entre esses, em todas as dimensões avaliadas, atingindo o status de “validado” e passível de aplicação nos cenários clínicos hospitalares.