MEDPAD: TECNOLOGIA PARA SEGURANÇA MEDICAMENTOSA COM A PARTICIPAÇÃO DO PACIENTE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: PEREIRA, FRANCISCO GILBERTO FERNANDES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95378
Resumo: A Segurança do Paciente é uma das principais e mais importantes metas dos serviços de saúde em todo o mundo. Baseia-se na redução, ao mínimo aceitável, de eventos adversos durante a trajetória terapêutica do paciente na assistência em saúde, e aponta como uma das áreas prioritárias a diminuição dos erros de medicação. Para isso, tecnologias de produtos e processos têm sido desenvolvidas, bem como mais recentemente o estímulo à participação do paciente por meio do seu engajamento ativo no conhecimento, planejamento e execução colaborativa de ações que visem aumentar a segurança medicamentosa. A partir deste pressuposto, objetivou-se desenvolver um protótipo para apoio à participação do paciente na segurança medicamentosa em nível hospitalar. Recorreu-se a um estudo do tipo metodológico, realizado entre março de 2018 a novembro de 2019, em que foram desenvolvidas as seguintes fases: análise (proposição da ideia e Revisão Integrativa da Literatura), desenho e desenvolvimento (escolha e execução das ferramentas de navegação, layout e interface); avaliação (criação e validação de um cenário simulado e avaliação da tecnologia por especialistas); e administração (viabilidade do produto final). Para a validação do cenário simulado participaram quatro especialistas que responderam a um instrumento em escala Likert de cinco pontos acerca dos domínios: objetivo, estrutura e apresentação, e relevância. Já para a avaliação da tecnologia, 25 especialistas (dez enfermeiros, sete farmacêuticos e oito médicos) participaram de seis sessões em um laboratório de habilidades em saúde e responderam a um instrumento em escala Likert de cinco pontos acerca dos domínios: confiabilidade; usabilidade; comunicabilidade; aplicabilidade e eficiência. Os dados foram organizados em figuras, quadros e tabelas, e realizado o percentual de concordância entre os especialistas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com parecer número 3.018.102. Na Revisão Integrativa da Literatura foram identificados 11 artigos, os quais apresentaram que a participação do paciente tem sido incorporada à sua segurança medicamentosa por meio das seguintes tecnologias computacionais em ambiente hospitalar: aplicativos móveis com informações sobre cuidados gerais de saúde e da hospitalização; plataforma agregando orientações exibidas por vídeo com aplicativo de compartilhamento dos registros médicos; portal de registro e automonitoramento de saúde via tablet; e, prescrição eletrônica com acesso disponível para pacientes e profissionais de saúde. Definiu-se a nomenclatura do protótipo como MedPad e foi organizada a arquitetura de funcionamento da plataforma em: sistema web-service (para uso dos profissionais de saúde), servidor (para transferência e armazenamento de dados), e aplicativo (para uso pelo paciente). No desenvolvimento utilizaram-se as linguagens Phynton (para o servidor) e JAVA (para o aplicativo). Quanto a avaliação, os especialistas concordaram em mais de 90% na maioria dos itens. No entanto, a segurança e capacidade de recuperação de dados tiveram percentuais de 68% e 88% na plataforma, segurança de dados e compreensão do conceito e finalidade do web-service, 72% e 76%, respectivamente, e no aplicativo apenas a segurança de dados obteve percentual de concordância baixo, 84%. Conclui-se que o protótipo proposto apresenta pré-requisitos válidos para oportunizar a participação do paciente em sua segurança medicamentosa em cenário simulado e posterior execução em ambiente hospitalar.<br/>Palavras-chave: Segurança do paciente. Participação do paciente. Tecnologia. Erros de medicação. Administração de terapia medicamentosa.. Hospitais.