Prevalência de afecções testiculares e uterinas nas espécies canina e felina atendidos em hospital veterinário de Fortaleza, Ceará de 2020 a 2023

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Andrade, Amanda Bricio Pereira De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117071
Resumo: Afecções de trato reprodutivo possuem alta frequência na clínica caninos e felinos. Contudo, não há estudos avaliando a epidemiologia atual dos distúrbios reprodutivos dessas espécies no estado. Desta forma, o trabalho objetivou determinar a prevalência de alterações uterinas e testiculares diagnosticadas por meio de ultrassonografia nas espécies canina e felina atendidas em um hospital veterinário na cidade de Fortaleza no período de 2020 a 2023 e verificar a relação entre estas afecções com os fatores espécie, raça e idade. Para tal, foram coletados todos os relatórios ultrassonográficos abdominais dos pacientes atendidos. Prevalências foram escritas em porcentagem e avaliações de espécie e raça como fatores de risco foram feitas por odds ratio e a avaliação de idade foi feita por teste de correlação de Pearson. As avaliações de risco testiculares foram relacionadas a: afecções testiculares e testículo ectópico (para espécie e raça) e afecções testiulares adquiridas (para idade). As avaliações de risco uterinas foram relacionadas a: afecções uterinas, afecções ligadas à gestação, afecções não ligadas à gestação e muco-/hemo-/piometra. Na espécie canina, tanto afecções testiculares como uterinas tiveram alta prevalência, com pelo menos 33,1% dos machos e 28,8% das fêmeas apresentando alguma afecção destes órgãos e possuindo maiores risco de desenvolver afecções testiculares, afecções uterinas não ligadas à gestação, ectopia testicular e muco-/hemo-/piometra (4,2, 2,3, 2,9 e 2,0 vezes maior, respectivamente) quando comparada à especie felina. As afecções mais frequentes foram: muco-/hemo-/piometra (17%), ectopia testicular (14,5%), degeneração testicular (9,7%) e neoformação testicular (7,6%). Nesta espécie tanto afecções testiculares quanto uterinas não ligadas a gestação tiveram correlação positiva e forte com o aumento da idade dos pacientes. Quando comparados aos sem raça definida, poodle e pinscher apresentaram maiores risco de desenvolver afecções testiculares, ectopia testicular e muco-/hemo-/piometra; o shih-tzu maior risco para ectopia testicular e menor para muco-/hemo-/piometra; o rottweiler menor risco para afecções testiculares e yorkshire, dachshund e husky menores riscos para disordens uterinas não ligadas à gestação Além disso, indivíduos de raça (com exceção do podle) apresentaram menor risco para disordens uterinas ligadas à gestação. Já na espécie felina, afecções testiculares e uterinas não ligadas à gestação tiveram prevalência mais baixa, afectando com 10,6% dos gatos e 12,6% das gatas. Em contrapartida 44,9% das gestações apresentaram aguma afecção nessa espécie, possuindo 2,8 vezes mais chance de serem acometidas por afecções ligadas à gestação quando comparadas às cadelas. Tanto para machos quanto para fêmeas da espécie, não foi possível avaliar raça como fator de risco pois a população possuia acima de 96% de pacientes sem raça definida e não foi possível avaliar idade como fator de risco pela baixo número bruto de indivíduos acometidos (prejudicando a distribuição etária). As afecções mais frequentes na espécie foram: mumificação fetal (20,5%), maceração fetal (16,7%), muco-/hemo-/piometra (12,2%), ectopia testicular (5,5%) e degeneração testicular (2,8%).