Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Amancio Leandro Correa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83768
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Resumo: |
<div style="">Devido a altos índices de analfabetismo, em 2004, formou-se o Comitê Cearense para Erradicação do Analfabetismo (CCEAE) que envolveu mais de 300 pessoas e instituições públicas e privadas, além do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Banco Mundial. Os resultados do Comitê foram publicados no Relatório Final do CCEAE (CEARÁ, 2006), o qual afirma que a escola está produzindo analfabetos. Em 2007 funda-se o Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC) que produz em 2012 um documento norteador que, tem como fonte os resultados do Comitê. Em 2012, tais perspectivas de educação se estendem em nível de Brasil com a criação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) que também produziu diversos documentos orientadores. Nossa pesquisa, de abordagem qualitativa, é bibliográfica e documental com análises de documentos dos programas acima referidos. O objeto de estudo é a formação docente continuada e nossa perspectiva metodológica é histórico-dialética, tendo como corpus teórico principal o referencial freiriano-marxista que nos ―muniu‖ para estabelecermos uma crítica à racionalidade presente nos documentos analisados. Nessa ―costura‖, partimos da denúncia de que as bases da racionalidade presente nos documentos estão fincadas e acomodadas na divisão social do trabalho, donde professores e professoras são meros executores dos ―pacotes‖. Legitimando tal divisão, encontramos nas propostas, os principais postulados das teorias liberalpositivistas, que dão sustentação a uma racionalidade meramente instrumental e pragmática. Diante disso, nossas escolhas teórico-metodológicas nos conduziram a defender que as propostas oficiais são insuficientes (embora contenham elementos interessantes) para formação contínua docente. Portanto, partindo da perspectiva que vê professores e professoras como intelectuais, enfatizamos que docentes precisam de formação científica, pedagógica e politica. Trouxemos, por isso, à tona diversos locus nos quais docentes poderiam desenvolver um olhar que perceba a educação em sua relação com a realidade abrangente e as implicações disso. Contudo, enfatizamos que não interessa à classe dominante que se elevem os níveis crítico-intelectual do povo, da classe oprimida, trabalhadora. Dentro da concepção dominante, portanto, não teria porque profissionais da educação básica perder tempo com tais dimensões formativas uma vez que as mesmas seriam desnecessárias no cumprimento de sua tarefa. Para a visão liberal-positivista a tarefa docente deve se resumir em transmitir os conteúdos determinados pela ―cartilha‖ sem ―desvios‖. Nesse caso, qualquer tentativa de um trabalho que procure fazer a significativa aproximação dos conteúdos curriculares com a realidade concreta, algo que consideramos de fundamental importância e que significa um trabalho radical com os conteúdos curriculares exigindo do (a) profissional docente formação ampla, na qual estão imersos tantos docentes quanto discentes, pode incorrer em descumprimento da função imediata chegando ao ponto de como se tem dito nos dias atuais com mais frequência acusarem a prática pedagógica séria e comprometida de doutrinação ideológica. Dito isto, fomentamos que é preciso que docentes tomem em suas mãos a direção da própria formação em um ciclo de luta, autoeducação e luta novamente. Palavras-chave: Formação docente continuada. Racionalidade liberal-positivista. Docentes como intelectuais.</div> |