Detecção de genes de virulência, de resistência a antimicrobianos e potencial zoonótico de enterobactérias isoladas de psitaciformes exóticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Marques, Adson Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117255
Resumo: A criação e manutenção de Psittaciformes exóticos em ambiente doméstico pode representar riscos à saúde humana, uma vez que essas aves podem abrigar bactérias zoonóticas patogênicas, incluindo enterobactérias resistentes a antimicrobianos. Foram analisadas 111 amostras de suabes cloacais provenientes de seis espécies: periquitos-australianos (Melopsittacus undulatus), calopsitas (Nymphicus hollandicus), agapornis (Agapornis sp.), periquitos-de-colar (Psittacula krameri), periquitos-dorso-vermelho (Psephotus haematonotus) e roselas (Platycercus eximius). O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética para o Uso de Animais da Universidade Estadual do Ceará (CEUA-UECE), sob o número 03423745/2023. Foram isoladas 110 cepas pertencentes a 13 espécies bacterianas, com Escherichia coli sendo a mais prevalente, com 30% (33/110) de isolamento, seguida de Pantoea agglomerans, com 27,2% (30/110). Dentre as enterobactérias isoladas, 35,4% (39/110) apresentaram resistência à tobramicina, 34,5% (38/110) à tetraciclina e 30,9% (34/110) à fosfomicina. E. coli apresentou as maiores taxas de resistência à tetraciclina (51,5%, 17/33), seguida de tobramicina (36,6%, 12/33) e gentamicina (15,1%, 5/33). Além disso, 28,9% (32/110) das cepas de enterobactérias foram multirresistentes. Das cepas de E. coli isoladas, foram realizadas análises filogenéticas e investigação de genes associados à E. coli patogênica aviária (APEC), entre os isolados analisados, 36,7% pertenciam ao grupo filogenético B1, 33,3% ao grupo B2, uma cepa isolada de Agapornis sp. exibiu todos os genes associados à APEC. Foi realizado um outro estudo molecular com cinco cepas de E. coli oriundas de Psittaciformes exóticos mantidos em ambiente comercial, sendo duas de Agapornis sp. e três de Melopsittacus undulatus. O método de PCR multiplex foi empregado em três etapas distintas. Sendo detectados os seguintes genes, bfpA, eae, CVD432, ST, stx2, ompT e iroN. O presente estudo demonstra que é fundamental o monitoramento da microbiota dessas aves para prevenir a transmissão de enterobactérias patogênicas e multirresistentes.