Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
MENDES, LAYZA CASTELO BRANCO |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87884
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Na atualidade, vivencia-se um momento de crises que é caracterizado por inúmeras mudanças. Essas crises têm provocado incontáveis transformações nos diversos âmbitos da existência humana, sobretudo, citam-se as ciências. Parte dessas crises deve-se ao fato de que as ciências são pautadas, em sua maioria, nos preceitos positivistas. Entretanto, hoje, as crises nas ciências estão confrontando os homens com as complexidades dos objetos científicos e demandando dos indivíduos novas formas de apreensão dos objetos. Sendo as universidades espaços, por excelência, de produção científica, elas também encontram-se em crise. Parte das crises nas universidades deve-se à negação da complexidade dos objetos, que, consequentemente, gera uma educação limitada, (super)especializada e apenas profissionalizante. Dessarte, as universidades têm contribuído com o processo de construção de sujeitos descomprometidos com as realidades sociais. Entre estes, destacam-se os profissionais da saúde, que, ao formarem-se, dedicam-se mais às práxis individuais do que às coletivas, pois não recebem educação voltada para a interpretação de contextos sociais. Para superar tais modelos educacionais, muitas ações estão sendo propostas pelas ciências, entre as quais ganha relevo a interdisciplinaridade. Assim sendo, o objetivo deste estudo é analisar uma nova possibilidade de educação para profissionais da saúde, inaugurada pelo curso de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (BI-Saúde), recentemente, implantado na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Essa nova possibilidade manifesta-se por meio de um currículo que reconhece as complexidades dos objetos da saúde e, portanto, é mais flexível, possui eixos interdisciplinares, permite a liberdade na escolha de atividades acadêmicas e estimula transformações sociais. Esta é uma investigação de natureza qualitativa e, por conseguinte, trabalhou-se com entrevistas, análise de documentos e observações participantes. Constatou-se que os professores e os alunos demonstram estar satisfeitos com o modelo de formação interdisciplinar, embora esse novo modelo ainda gere dúvidas e anseios. Verificou-se, ainda, uma preocupação de docentes e discentes com questões educacionais, sociais e econômicas, entre outras relacionadas à saúde, o que proporcionou a conclusão de que o caráter flexível, interdisciplinar e social do curso tem atingido propósitos iniciais de educar alunos capazes de compreender a saúde como um objeto complexo. Dessa forma, esse curso, por meio das práticas educacionais desenvolvidas, demonstrou que está superando modelos ultrapassados de educação de profissionais da saúde. Contudo se percebeu que algumas dificuldades ainda precisam ser superadas, para que o BI-Saúde consolide-se na sociedade brasileira. Acredita-se que duas das principais ações para driblar alguns obstáculos são: a sociedade, começando pela UFBA, compreender melhor quais os propósitos desse curso, para que se destitua de olhares preconceituosos; e a desvinculação da graduação em cursos muito concorridos em relação ao BI-Saúde, entendendo que isso pode ocorrer, mas não é a única possibilidade. Deve-se entender que o BI-Saúde não é apenas um meio para se chegar a algo, pois suas reais finalidades estão no processo, quais sejam, uma educação mais voltada para a compreensão da complexidade dos objetos e mais comprometida com as transformações de realidades sociais. Além disso, foi possível concluir que cada um dos sujeitos possui sua própria história de superação, sejam eles alunos ou professores, por enfrentarem preconceitos, combaterem o medo das incertezas e, fundamentalmente, por ousarem inovar.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Descritores: 1. Ciências - crise. 2. Educação profissional da saúde - complexidade. 3. Educação profissional da saúde - interdisciplinaridade. 4. Educação superior- Salvador(Ba).</span></font></div> |