Práticas parentais, comportamento alimentar infantil e eficácia de intervenção nutricional comportamental em famílias de crianças com excesso de peso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Neves, Sherida Da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106610
Resumo: INTRODUÇÃO: O agravamento global da obesidade infantil requer intervenções urgentes. Estudos mostram uma perspectiva promissora ao tirar o foco do indivíduo, da cura, da prescrição, trazendo para a família e as mudanças de comportamento. Pesquisas que visem aprofundar a compreensão sobre a eficácia de intervenções nutricionais baseadas na familia de crianças com excesso de peso são escassas. OBJETIVO: Avaliar práticas parentais, estado nutricional, comportamentos alimentares infantis e intervenção nutricional focada em famílias de crianças com excesso de peso. MÉTODOS: O estudo foi dividido em duas etapas. Para a fase transversal, foi avaliada a associação de práticas e estilos parentais com os comportamentos alimentares das crianças e com a situação familiar de insegurança alimentar. Na fase de intervenção, um estudo piloto foi conduzido com as famílias de crianças com excesso de peso. Foram realizados atendimentos nutricionais em dois grupos de intervenção. Um dos grupos passou por intervenção diretiva prescritiva de dieta. O outro, por aconselhamento nutricional não-diretivo, adotando técnicas comportamentais e entrevista motivacional. O estudo de intervenção comparou as medidas antropométricas, consumo alimentar, comportamentos alimentares, marcadores bioquímicos e imagem corporal e avaliou a viabilidade. RESULTADOS: O estilo parental de risco e as práticas parentais negativas foram associados a comportamentos de afinidade pela comida e a uma maior prevalência comportamentos alimentares que indicam má relação com a comida. A situação de insegurança alimentar moderada a grave se associou a práticas parnetais negativas. Situações associadas com práticas negativas incluíram a incluíram a falta de comida em casa, pular refeições ou comer menos devido à falta de dinheiro. Qaunto ao estudo piloto, houve baixa adesão, porém com viabilidade de implementação das intervenções. O braço de intervenção dietética mostrou melhora nos comportamentos de 'desejo de beber' e 'subingestão emocional' e reduziu a frequência de consumo de frutas. CONCLUSÕES E IMPLICAÇÕES: Um estilo parental positivo foi mais predominante nos pais dos filhos com menor frequência do comportamento de beber bebidas adoçadas, comportamento que favoreceria a ingestão calórica excessiva. As práticas parentais negativas também estiveram associadas a insegurança alimentar moderada a grave. Para que haja viabilidade do estudo principal, deve ser realizado um cálculo amostral que considere a baixa taxa de recrutamento e a possibilidade de uma baixa taxa de retenção. Não foi possível afirmar que alguma intervenção foi superior ou mais eficaz no tratamento da obesidade infantil.