Vídeo educativo sobre prevenção da violência sexual com as juventudes surdas: subsídios para promoção do cuidado de enfermagem e saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Maia, Samuel Ramalho Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113502
Resumo: No Brasil, encontram-se cerca de 10,7 milhões de pessoas surdas. A surdez é considerada um fator de risco para violência sexual. Dessa forma, o cuidar em enfermagem, por meio de orientações educativas, tornam-se fundamentais para saúde com as culturas juvenis vulneráveis, por meio da construção de vídeos. Objetiva-se desenvolver e validar um vídeo educativo com linguagem acessível como subsídio para a prevenção da violência sexual de jovens surd@s. Propõe-se um estudo de métodos mistos, utilizando pesquisa-ação e estudo metodológico com abordagem mista. O estudo foi desenvolvido em três etapas em duas escolas de surdos em Fortaleza em 2022 e 2023: a primeira foi a realização de uma oficina lúdica e realização de uma revisão narrativa; a segunda foi a elaboração do vídeo educativo; a terceira, a validação por especialistas de conteúdo e aparência e validação aparente com público-alvo. O referido modelo é composto por três fases: 1) Pré-produção (dividida em subfases: sinopse, argumento, roteiro e Storyboard); 2) Produção; e 3) A pós-produção. Para análise qualitativa, foi utilizado a análise do discurso em Michel Foucault a partir das “perguntas-discursos” geradas nas produções. Além disso, para análise estatística inferencial, considerou-se o Índice de Validade de Conteúdo e Índice de Validade de Aparência por meio da escala de Likert. Os dados foram analisados pelo programa SPSS. Para uma média de concordância ideal, considerou-se o valor igual ou maior a 0,8. Com objetivo de verificar a proporção de concordância entre os especialistas, utilizou-se o teste binominal e o nível de significância adotado foi de 5%. Esse projeto foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa, com parecer favorável 5.498.484/2022. Na primeira escola, a oficina aconteceu com 16 alunos escolares; já na segunda, com 8 professores. Pode-se perceber, nos discursos dos participantes, que eles sofreram de práticas de abusos sexuais reais em suas vidas. Diante disto, foram questionadas as formas de denúncia e prevenção. Também, optou-se pela realização de uma revisão narrativa com 2 artigos. Esses dados serviram de base para realizar a pré-produção do vídeo. O roteiro foi feito com 14 cenas, dividido em 4 blocos. Após isso, deu-se início a construção do storyboard com 56 quadros. Posteriormente, foi realizado a validação de conteúdo (IVC) e aparência (IVA) com 19 especialistas acerca do roteiro e storyboard. A maioria das sugestões foram acatadas, gerando a versão 2.0. A partir disso, executou a produção do vídeo, com a narração da história e tradução audiovisual para Libras. Para pós-produção do vídeo, foi feita a edição do vídeo e acréscimo de legendagem. Após esta etapa, o vídeo passou para validação de aparência do vídeo educativo com público-alvo. A validação ocorreu de forma satisfatória com recomendações. Portanto, foi criado material audiovisual com acessibilidade aos surdos, com imagens chamativas em alta dimensão, roteiro com frases simples e curtas, narração da história, legendagem para surdos e ensurdecidos e tradução português/Libras com o intérprete em alta proporção na tela. Houve a criação e evidências de validade de um vídeo educativo com acessibilidade para prevenção da violência sexual para a população surda juvenil.