CARACTERIZAÇÃO DE FIBRA ANTIOXIDANTE OBTIDA A PARTIR DO BAGAÇO DE CAJU

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SIQUEIRA, ANA MARIA DE ABREU
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88350
Resumo: O bagaço de caju é um abundante resíduo agroindustrial comumente descartado na natureza,<br/>gerando um grande problema ambiental. No entanto, trata-se de um produto rico em<br/>compostos bioativos, tais como fenólicos, ácido anacárdico, e com boas propriedades<br/>tecnológicas e funcionais. No intuito de melhorar seu aproveitamento, realizou-se<br/>procedimento de extração e caracterização fibra alimentar antioxidante a partir do bagaço do<br/>caju. O bagaço foi lavado e sanitizado para a remoção de areia e possíveis contaminantes.<br/>Uma fração foi submetida à extração de pigmentos, na qual foi adicionada água na proporção<br/>de 1:1 (m/m) peso de bagaço: peso de água e homogeneizado. A mistura foi submetida à<br/>prensagem e a operação foi repetida em cinco ciclos consecutivos sem a reincorporação do<br/>extrato aquoso às fibras. Foi realizado o balanço de massa do processo de obtenção da fibra<br/>do caju controle e tratada (extração de pigmentos) e caracterizadas em termos de fibras,<br/>morfologia, cor, capacidade de absorção de água e óleo, umidade, proteínas e fibra alimentar<br/>(solúvel e insolúvel). Os compostos associados, compostos fenólicos e ácidos anacárdicos,<br/>foram caracterizados e quantificados por meio de cromatografia e foi medida a capacidade<br/>antioxidante e o teor polifenóis extraíveis totais. Ao final de cada operação (prensagem,<br/>secagem, moagem e seleção), obteve-se 15,1% de fibra, com base no peso inicial do bagaço.<br/>As fibras tratadas apresentaram valores maiores de proteínas, umidade, capacidade de<br/>absorção de água e óleo. Os resultados mostram o potencial da fibra de caju como ingrediente<br/>que agrega valor aos alimentos funcionais, aumentando o consumo de fibra insolúvel. A<br/>atividade antioxidante variou de 6,1 a 81,0 mmol Trolox/Kg (controle) e 9,1 a 77,4 mmol<br/>Trolox/Kg (tratada). A fibra tratada obteve alto rendimento de extrato rico em compostos<br/>fenólicos, alcançando 47,5 %, cujo valor máximo de capacidade antioxidante de 20,7 x 104<br/>mmol Trolox/Kg. O teor de polifenóis foi elevado, com valor variando de 177,4 a 278,5 mg/g.<br/>Nas amostras foram detectados 22 picos de compostos fenólicos, entre eles a quercetina 3-Ogalactosídica,<br/>3-O–glucosídica e 3-O–ramnosídica. Além do composto miricetina, sendo dois<br/>hexosídicos, três pentosídios e um deoxyhexosídico, com os seus íons de aglicona. Foram<br/>quantificados os principais ácidos anacárdicos purificados (1, 2 e 3) nas amostras de fibra de<br/>caju (controle e tratada), com as maiores concentrações nas amostras controle, sendo o ácido<br/>anacárdico–3 o que apresentou maior concentração em ambas amostras.<br/>Palavras-chave: fibra alimentar, compostos bioativos, antioxidante.