Ação leishmanicida de alcalóides e acetogeninas extraídas de Annonaceae do estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Vila Nova, Nadja Soares Vila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=51164
Resumo: Leishmanose é uma doença causada por pelo menos 17 espécies de um protozoário do gênero Leishmania. As formas da doença estão relacionadas à espécie do parasito, e diferem em distribuição geográfica, hospedeiros e vetores envolvidos, taxas de incidência e de mortalidade. A quimioterapia utilizada no tratamento da leishmaniose não é satisfatório em termos de efetividade e toxicidade, a resistência a drogas já existentes e a sensibilidade de diferentes cepas a estas drogas também dificultam o tratamento. Na tentativa de encontrar novos agentes com ação leishmanicida, as plantas têm sido investigadas. Vegetais produtores de alcalóides e acetogeninas vêm mostrando estudos promissores com resultados contra protozoários; entre estas se destaca-se a família Annonacea. Alguns metabólitos secundários encontrados em plantas vêm sendo estudados no tratamento de doenças parasitárias, incluindo alcalóides e acetogeninas presentes em plantas da família das Annonaceaes. Espécies de Annonaceaes como Annona squamosa L. e Annona muricata L. vêem sendo estudadas na busca de novos compostos leishmanicidas em todo mundo e o resultados destes estudos vem se mostrando bastante promissores. Assim este estudo teve como objetivo procurar novos metabólitos com atividade leishmanicida a partir de extratos de A. squamosa e A. murucata. Para este estudo foi feito testes in vitro com as formas promastigotas e amastigotas de leishmania chagasi, utilizou-se o método colorimétrico MTT para avaliação da efetividade dos extratos contra promastigotas e o método de ELISA in situ para a avaliação contra amastigotas. Nos resultados observou-se que o extrato metanólico contendo acetogeninas e alcalóides das A. squomosa com a CE50 de 26,43 µg/ml, seguindo pelo extrato metanólico contendo acetogeninas extraída das sementes de A. muricata CE5054,93 µg/ml e do no extrato contendo alcalóides das folhas de A. squomosa CE5073,31 µg/ml, a pentamidina utilizada como droga referência no controle possui uma CE50 de 1,63 µg/ml. Neste estudo apenas o extrato bruto das semente de A. muricata mostrou efeito significativo contra a forma intracelular amastigota, reduzindo o parasita em 11,11% na dose de 100 µg/ml. A droga pandrão usada no controle Glucantime reduzindo a carga parasitária em 12% na dose de 30 µg/ml e em 100% na dose de 300 µg/ml. Palavras Chave: Leishmaniose, acetogeninas, alcalóides, Annona squamosa, Annona muricata.