Tereza Batista cansada de guerra (1972) e Memorial de Maria Moura (1992) em perspectiva: um estudo arquetípico das protagonistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Luiz Izaac Dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95739
Resumo: Arquétipos literários segundo a teoria de Jung (2012) são conteúdos da mente humana que se manifestam por meio dos feitos do indivíduo. Nesse sentido, arquétipos estão situados dentro psique humana e se revelam por meio das representações arquetípicas, isto é, por transformações que se dão dentro da consciência humana. Na teoria da literatura os arquétipos foram concebidos como unidades temáticas, estruturas, elementos que estão a serviço da linguagem literária. Diante do desafio que as protagonistas Tereza Batista e Maria Moura apresentam, sobretudo a complexidade psicológica delas e os seus feitos baseados na liberdade, o objetivo desta pesquisa é investigar os arquétipos das protagonistas das obras Tereza Batista cansada de guerra, de Jorge Amado, e Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz, (re)interpretando os seus respectivos temas e representações arquetípicas. Metodologicamente a pesquisa constou de dois momentos, o primeiro foi a (re)leitura das duas obras em estudo, com fito de identificar os arquétipos das suas protagonistas, além de leituras e pesquisas em diversos trabalhos científicos relacionados ao tema; o segundo momento se constituiu de análises das protagonistas estudadas, dos seus arquétipos, examinados a partir das suas unidades temáticas. Oferecem aparato teórico a esta pesquisa sobre o arquétipo literário feminino, o pensamento de Campbell (1990) possibilitando a compreensão e a descrição de algumas das imagens arquetípicas das protagonistas. E com o pensamento dos autores Meletínski (1998) e Frye (1999) foi possível associar imagens de outros arquétipos femininos culturais e históricos a Tereza Batista e Maria Moura. Além do pensamento de Estés (1994) utilizado na identificação do arquétipo da Grande Mãe. Outros teóricos também foram incluídos na primeira parte deste trabalho, a exemplo dos estudos de Falei (2011), Albuquerque (2011), Antônio Cândido (2006), Tânia Carvalhal (2006), outros. E ainda, recorremos ao entendimento de arquétipos em Jung (2012). Os resultados desta pesquisa evidenciam que as protagonistas Tereza Batista e Maria Moura carregam consigo arquétipos históricos, míticos e culturais, ecos de outras obras literárias coadunadas ao longo do tempo. Seus arquétipos estão enraizados na imagem da heroína, porque seus feitos são extraordinários, repletos de bravura e coragem. As protagonistas evidenciam ainda, que são representações sociais femininas constituídas de liberdade e de autonomia.