Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos Filho, Francisco Sergio Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=100336
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Resumo: |
A Doença de Alzheimer (DA) caracteriza-se pela neurodegeneração progressiva e irreversível decorrente de lesões moleculares devido acúmulo de placas neuríticas carregadas de β-amiloide. No entanto, o exercício físico tem demonstrado ser uma ferramenta não farmacológica promissora no tratamento da DA. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em um modelo experimental da Doença de Alzheimer por β-amiloide1-42, bem como o papel da via SIRT1/PGC-1α/PPARγ. Foram utilizados 96 ratos machos distribuídos em duas fases experimentais (experimento 1 e experimento 2). Incialmente os animais foram submetidos aos testes comportamentais para homogeneização dos grupos por padrão cognitivo. Os animais foram induzidos à DA através da infusão intrahipocampal de proteína β-amiloide1-42. Passado o período de recuperação, foi realizado novamente os testes comportamentais. Posteriomente foram adaptados em esteira e submetidos ao teste de esforço máximo para determinar a intensidade de 80% da capacidade máxima. Em seguida, foi realizado o treinamento intervalado de alta intensidade crônico em esteira para ratos com duração de oito semanas. Ao final do treinamento os animais foram submetidos novamente aos testes comportamentais e eutanasiados para coleta do encéfalo. No experimento 1 foi verificado: a) o equilíbrio redox através da atividade da superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e a concentração de malondialdeído (MDA); b) a expressão proteica de BDNF e TrkB através da técnica de Western Blot e c) placas neuríticas por procedimentos histológicos com impregnação por prata. No experimento 2, foi analisado: a) a expressão gênica de proteínas relacionadas ao metabolismo de Aβ; b) análise das cargas de trabalho e distância percorrida. Além disso, foi realizada uma revisão sistemática para verificar o efeito do exercício nos níveis de Aβ nas bases de dados Pubmed, Embase, Scopus e Web of Science, utilizando os seguintes descritores: amyloid beta (OU senile plaque OU amyloid plaque) e exercise (OU physical activity OU training). O risco de viés foi avaliado através do Risco de Viés SYRCLE para estudos experimentais. Os resultados apresentados formam o seguinte contexto: a) artigo 1 demonstrando que o HIIT melhorou a função cognitiva dos animais, o balanço redox, maior ativação da via neurogênica BDNF-TrkB e menor presença de placas amiloides nos animais treinados; b) artigo 2: revisão sistemática demonstrando os mecanismos moleculares envolvidos na redução de Aβ pelo exercício crônico, tais como: metabolismo da glicose, metabolismo lipídico, fatores plásticos, disfunção mitocondrial, atividade inflamatória, metabolismo Aβ, balanço redox, fosforilação da proteína Tau e atividade apoptótica; c) aumento da expressão gênica de APP, acompanhado pela maior ativação da via não-amiloidogênica através do aumenta da PPARγ, ADAM17, bem como da enzima proteolítica Neprilisina. Portanto, conclui-se que o treinamento crônico, incluindo o HIIT pode ser utilizado como terapia alternativa no tratamento dessa patologia, sobretudo por sua capacidade de reduzir a proteína patogênica, melhorando diversos sistemas fisiológicos. |