Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Prado, Marilena Ribeiro do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=47103
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de dermatófitos e leveduras em cães saudáveis e doentes, bem como verificar a eficácia do repique em ágar batata (PDA) como complemento ao teste de sensibilidade in vitro para cepas de Malassezia pachydermatis. Foram coletadas 633 amostras a partir de 26 cães saudáveis (104 amostras), 131 com dermatite (343 amostras), 74 com otite (148 amostras) e 19 com desordens oftálmicas (38 amostras). A identificação fúngica foi baseada nos aspectos macro e micromorfológicos, além de provas bioquímicas. O teste de microdiluição foi realizado em placa de 96 poços utilizando o meio RPMI 1640 modificado. Observou-se que 14,3% (2/14) das culturas positivas de dermatite para M. pachydermatis e 40,9% (9/22) daquelas para Microsporum canis foram positivas no exame direto. A coloração de Gram apresentou positividade de 84,3% (70/83) das amostras de otite com cultura positiva para M. pachydermatis. Culturas a partir dos animais saudáveis foram positivas para M. pachydermatis em 13,5% (7/52) das amostras de pele, 42,3% (11/26) do ouvido e 3,8% (1/26) do saco conjuntival. Dos animais com dermatite, foi observado crescimento fúngico em 20,4% (70/343) das amostras, sendo o M. canis o fungo mais isolado (n=39), seguido de M. pachydermatis (n=30) e Malassezia sp. (n=3). Das 148 amostras de cães com otite, 90 (60,8%) foram positivas para M. pachydermatis e uma (0,7%) para Candida tropicalis. Dos espécimes clínicos da conjuntiva de animais com desordens oftálmicas, apenas uma amostra (2,6%) apresentou cultura positiva para M. pachydermaits. A partir da análise da sensibilidade antifúngica, observou-se que o repique em ágar batata permite tanto a determinação da CIM quanto da CFM. Dessa forma, foi observado que todas as cepas (n=50) apresentaram valores de CIM de < 0,03, 0,03, 2,0 e 4,0 μg/ml e de CFM 0,06, 0,125, 8,0 e 16,0 μg/ml para itraconazol, cetoconazol, voriconazol e fluconazol, respectivamente. Para a anfotericina B a CIM/CFM foi 4,0 μg/ml. A CIM e CFM para a caspofungina não foi estabelecida e foi provavelmente maior que 8,0 μg/ml, que foi a maior concentração testada para esta droga. Pode-se concluir que apesar da importância do exame direto, a cultura fúngica é essencial para diminuir a quantidade de resultados falso-negativos. Os dados evidenciaram que o M. canis foi o único dermatófito e o fungo mais freqüentemente isolado de animais apresentando dermatite. Além disto, foi verificado que a levedura M. pachydermatis está presente tanto em animais saudáveis quanto naqueles apresentando dermatite e desordens oftálmicas, e em maior freqüência em cães apresentando otite. Por fim, o repique em ágar batata como complemento ao teste de microdiluição em caldo pode ser uma alternativa para a análise da sensibilidade antifúngica in vitro de M. pachydermatis. Palavras-chave: Fungos; cães; Microsporum canis; Malassezia spp; Candida tropicalis; teste de sensibilidade. |