Eficácia da glicose e sacarose sobre a viabilidade de Malassezia pachydermatis, Microsporum canis e Trichophyton mentagrophytes var. Mentagrophytes, in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Soares Júnior, Francisco Atualpa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=37493
Resumo: <span style="font-style: normal;">A estocagem de células de organismos vivos, em geral, vem ganhando importância significativa em todo o mundo nos últimos anos. No caso de células fúngicas, a estocagem ainda é um processo em amplo desenvolvimento, já que se observa que os diversos protocolos adotados apresentam resultados diferentes, sobretudo, na estocagem a baixas temperaturas. Isso se dá em virtude da diferença na fisiologia e adaptação entre as espécies fúngicas, o que as leva à reações distintas quando submetidas a este estresse de temperatura. O uso de crioprotetores auxilia na recuperação das células após o tempo de estocagem, porém , não se tem um crioprotetor ideal em virtude da discrepância de resultados. Neste mister, os carboidratos vêm ganhando especial atenção com o uso cada vez mais frequente, em virtude de suas características bioquímicas e dos bons resultados após congelação, apesar de não se saber, com clareza, o mecanismo de ação dos mesmos. Este trabalho almejou encontrar uma metodologia de estocagem a base de carboidratos que conseguisse preservar as cepas de </span><em>Microsporum canis, Trichophyton mentagrophytes</em> var. <em>mentagrophytes</em> e <em>Malassezia pachydermatis </em>em diferentes períodos de estoque. Para tanto, testaram-se os carboidratos glicose e sacarose em quatro concentrações diferentes (g/ml - 3, 6, 9, e 12%) e duas formas de estoque (geladeira a 4ºC e em freezer a - 20ºC). Com um mês de estoque, todas as cepas mantiveram-se viáveis nos diversos protocolos testados, excetuando-se uma cepa de <em>M. pachydermatis</em> (na concentração de (9%; - 20º C ) e uma <em>M. canis </em>(em todas as concentrações), ambas em sacarose. A análise da viabilidade, ao final de 9 meses, evidenciou o estoque em glicose a [12%] em freezer a - 20ºC, como mais adequado para <em>M. pachydermatis</em>, com 100% de viabilidade; a glicose a - 20ºC nas concentrações de 9 a 12% mostrou-se mais satisfatória para <em>M. canis</em> com 93,33% de viabilidade; Observou-se, ainda, 100% de viabilidade para as cepas de <em>T. mentagrophytes </em>em glicose a [ 9% ] e - 20ºC, sacarose a [12% ] a - 20ºC e em todas as concentrações a 4ºC. Os resultados, em geral, demonstram a eficácia dos carboidratos na viabilidade, <em>in vitro</em>, das espécies fúngicas testadas, tendo em vista a taxa de recuperação, após o tempo máximo de estocagem, ter sido muito boa quando comparada a outros trabalhos. Assim, a utilização de carboidratos na estocagem de <em>M. pachydermatis, M. canis </em>e <em>T. mentagrophytes</em> var.<em> mentagrophytes</em>, mostra-se altamente viável, considerando-se sua eficácia, aliada a fatores predonderantes, como: facilidade de manuseio e baixo custo, sobretudo, para laboratórios de pesquisa mais modestos.