Predição de pré-eclâmpsia através da associação de fatores maternos à avaliação tríplice vascular no primeiro trimestre de gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Alves, Júlio Augusto Gurgel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71028
Resumo: INTRODUÇÃO- Embora a pré-eclâmpsia (PE) seja a principal causa de morbi-mortalidade materna e fetal, os mecanismos vasculares relacionados a esta desordem ainda não estão esclarecidos. Durante as últimas três décadas, numerosos testes de rastreamento clínicos, biofísicos e bioquímicos tem sido utilizados para a detecção precoce da pré-eclâmpsia sem êxito. As mudanças na circulação materna durante as fases iniciais da gravidez ainda não foram completamente avaliadas quanto a contribuição para a predição de PE. OBJETIVO - O objetivo deste trabalho foi avaliar a combinação de fatores de risco maternos, pressão arterial média, doppler das artérias uterinas, dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (DFM) e doppler das artérias oftálmicas para a predição de pré-eclâmpsia. MÉTODOS - estudo prospectivo, com gestações únicas, entre 11 e14 semanas, que foram encaminhadas durante a consulta de rotina do pré-natal para serem examinadas em um hospital terciário no nordeste do Brasil. A coorte foi constituída de 487 grávidas, incluindo 9 pacientes que desenvolveram a pré-clêampsia e precisaram ter a gestação interrompida antes das 34 semanas (PE precoce), 22 casos de PE tardia, 47 casos de hipertensão gestacional e 409 casos de pacientes não acometidas de desordens hipertensivas. As análises de regressão logística univariada e multivariada foram utilizadas para gerar algoritmos a fim de predizer desordens hipertensivas ao final da gestação. RESULTADOS - Os valores percentis da média de IP das artérias uterinas foram mais elevadas no grupo PE em coparação ao grupo controle ( p=0,01). A DFM da artéria braquial mediu 7,4± 8.2% no grupo controle e 7,3± 8.2% no grupo controle. A análise de regressão logística determinou que a; DFM não é um bom preditor para PE (OR=0,99, Cl 95% :0,94-1,04 p=0,90) e este teste foi retirado do modelo preditivo. A média do primeiro pico diastólico da artéria oftálmica foi mais elevada no grupo PE quando comparada ao grupo controle (24.56cm/s x 21.13cm/s; p < 0.01). Foi estimado que, com o algoritmo de predição de PE, a combinação fatores maternos e doppler das artérias uterinas ou da artéria oftálmica, podem detectar 78% de PE precoce, a uma taxa de falso positivo fixo (TFP) de 10%, respectivamente. CONCLUSÕES - A DFM no primeiro trimestre não foi um parâmetro preditor de PE. O Doppler da artéria oftálmica no primeiro trimestre de gravidez parece ser um novo parâmetro para a predição de PE (PE de início precoce). A combinação dos fatores maternos com Doppler das artérias uterinas ou oftálmicas pode predizer 78% dos casos de PE de início precoce, a uma TFP DE 10%. Palavras-chave: Pré-eclâmpsia. Ultrassonografia. Artéria Braquial. Efeito Doppler. Artéria Oftálmica. Predição.