Fatores de risco maternos associados à necessidade de UTI neonatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Costa, Ana Lúcia do Rêgo Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103002
Resumo: <span style="font-size: 13.3333px;">Objetivos: Conhecer os fatores de risco maternos que levam os recém-nascidos a necessitarem de internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo), em um hospital público do Sistema Único de Saúde (SUS) de nível terciário do município de Fortaleza-CE.&nbsp; Metodologia: Tratou-se de um estudo caso-controle, com base hospitalar, com uma amostra de 222 mães. O grupo de casos foi formado por todas as mães dos recém-nascidos que necessitaram internação em UTI Neo, e o grupo controle foi composto pelas mães de recém-nascidos vivos imediatamente seguintes ao nascimento de cada caso e que, efetivamente, não tiveram necessidade de internação em UTI Neo, num pareamento 1 caso: 1 controle, em um período de seis meses (julho-dezembro de 2006). Os dados foram analisados no software Stata v.7. Proporções foram consideradas significativamente diferentes quando a probabilidade das mesmas foi menor ou igual a 0,05 (valor p &lt;0,05).&nbsp; Através de análises univariadas, as variáveis independentes foram agregadas em oito grupos, sendo a classificação de qualidade do pré-natal segundo escore de Kotelchuck (1996) e Coutinho (2003) a variável de exposição de interesse e a internação em UTI foi o desfecho. As proporções foram comparadas através do Teste Exato de Fisher ou do Teste do Qui-Quadrado de Pearson. Através de regressão logística, foram elaborados modelos multivariados intermediários para cada um dos oito grupos de variáveis. No modelo multivariado foi utilizado Odds Ratio (OR) ajustado com intervalo de confiança de 95%. As associações foram consideradas significativas quando o intervalo de confiança do Odss Radio não incluía o valor 1. Resultados: A pesquisa demonstrou que há fatores de risco envolvidos que se inter-relacionam, apresentando significância estatística para necessidade de internação em UTI Neonatal: procedência do interior (17,% X 5,5%), número de gravidezes de 1 a 2 (72,1% X 56,8%), número de 1 cesárea (55,9% X 34,9%), número de consultas nenhuma (6,3% X 3,6%) e 1 a 5 consultas (59,5% X 44,6%), não assistiu palestra educativa (72,4% X 56,1%), variação do peso de -0,04 a 0,28 (81,4% X 69%), internação durante a gravidez (27% X 12,6%), doença durante a gravidez (73% X 46%), hipertensão arterial (28,8% X 11,7%), nível 1 de Coutinho inadequado (30,6% X 16,2%), nível 2 de Coutinho inadequado (26,1% X 12,6%), nível 3 de Coutinho inadequado (33,3% X 18%), tipo de gestação gemelar (9,9% X 1,8%), ruptura precoce de membranas (32,4% X 8,1%), além de prematuridade (20 a 30 semanas), índices da Apgar baixo no 1º e 5º, classe de pequeno para a idade gestacional poderem contribuir com a mortalidade na UTI Neo e Odds Radio significativamente elevados para HA e RUPREMA na análise multivariada final. Conclusões: As síndromes hipertensivas na gestação e ruptura precoce de membranas devem ter atenção especial na gestação configurando-a como de alto risco e o processo de assistência pré-natal prestada às usuárias do SUS, a despeito da alta cobertura, apresentou baixa adequação em todos os níveis estudados, apresentando relação com internação em UTI Neo com medidas elevadas de risco relativo (OD) em todos os modelos multivariados finais. Palavras-chave: Gestação de alto risco, fatores de riscos maternos, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, assistência pré-natal.</span>