Formação contínua de professores alfabetizadores no cotidiano escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Milene Kinlliane Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85060
Resumo: A escola é um importante espaço de formação para os discentes e também pode ser para os docentes. No entanto, é preciso compreender em que medida e em que condições os professores conseguem aprender no cotidiano escolar e usufruir do espaço escolar como um local de formação docente. A partir desse pressuposto, surge a nossa problemática, a qual está configurada a partir da seguinte questão central: Quais são as atividades vivenciadas individual e/ou coletivamente que caracterizam possibilidades de formação contínua de professores alfabetizadores no cotidiano escolar? Assim, nesta investigação, objetivamos analisar as atividades cotidianas que ocorrem no ambiente escolar que são desenvolvidas individual ou coletivamente, referendando um espaço/possibilidade de formação contínua de professores alfabetizadores. Esta pesquisa tem um caráter qualitativo e consistiu em um Estudo de Caso, que teve como lócus uma escola da rede municipal de ensino, em um bairro da periferia de Fortaleza (CE). Ao total, foram cinco os sujeitos que participaram: quatro professores alfabetizadores que lecionam no 2º ano do Ensino Fundamental e a coordenadora da referida instituição. Para a construção do referencial teórico, recorremos aos seguintes autores que subsidiaram a nossa discussão e análise: Lima (2001), Imbernón (2002) que abordam sobre a formação contínua; Nóvoa (2009) e Pacheco (2008), os quais discutem também sobre a formação docente, focando em uma perspectiva de formação no próprio contexto escolar; Kramer (2010), Garcia (1997) que contribuíram para a discussão acerca da formação do professor alfabetizador; Alarcão (2001) e Guerra (2002), os quais defendem a escola como um espaço reflexivo e que forma todos os sujeitos; os autores Duarte (1996), Heller (2008) e Penin (1989) que fundamentaram o conceito de cotidiano; e, ainda, Vásquez (2011) e Pimenta (1995) que tratam sobre a práxis, entre outros. Para a coleta de dados, realizamos observações da prática docente e entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontaram que o professor tem o seu tempo garantido para a realização de atividades extraclasse; porém, são muitas atividades, algumas consideradas desnecessárias na percepção do docente, as quais acabam comprometendo o tempo de planejamento, por exemplo. Porém, mesmo diante das adversidades enfrentadas cotidianamente, as professoras aprendem em sua prática cotidiana. Nesse sentido, observamos professoras alfabetizadoras comprometidas com o seu planejamento e interagindo com as demais educadoras sempre que possível. Acrescentaram, ainda, que muito aprendem na relação entre docente e discente. Além disso, são capazes de avaliar as suas condições de trabalho e as atividades realizadas com criticidade, inclusive, propondo mudanças. Diante desse contexto, é possível vislumbrarmos a escola como um espaço de aprendizagens e construção de saberes para e pelos docentes. Por isso, devemos valorizá-los e repensarmos a possibilidade de tornar mais proveitoso e significativo o seu tempo para a reflexão em grupo, produção de material didático, estudos em prol de um ensino que objetive a práxis alfabetizadora. Só uma formação contextualizada, em seu ambiente de trabalho e coletiva, aliada às demais formações em outros lugares e com outros profissionais também, é que poderemos conceber uma formação contínua de professores alfabetizadores baseada na reflexão, na criticidade e na práxis. Palavras–Chave: Professores Alfabetizadores. Formação Contínua. Cotidiano Escolar.