A morosidade do judiciário como desafio: o caso do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gomes, Rômulo Linhares Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86824
Resumo: Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de analisar os impasses enfrentados pelo Poder Judiciário, particularizando o caso para Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, para a implementação e execução de políticas de promoção da duração razoável do processo. O universo estudado tem como pano de fundo a análise, a partir de dados fornecidos pelo Conselho Nacional de Justiça, da produtividade das varas cíveis da Comarca de Sobral no triênio 2012-2014, analisando-se nesse período o número de processos distribuídos e arquivados definitivamente, a fim de que pudéssemos verificar se havia reais sinais de intempestividade dos processos, ou se isso se tratava tão-somente de um sentimento afeto ao senso comum. Compreender a aplicabilidade do direito à duração razoável do processo se faz de assaz relevância e importância, haja vista que a eficácia dos direitos fundamentais é matéria basilar ao Estado Democrático de Direito e se correlaciona estreitamente com o ideal de Justiça. Esta, para os fins deste trabalho, é entendida como um como um consenso político original (John Rawls) que deve constantemente ser buscado, ainda que a lei eventualmente aponte em sentido contrário. O Poder Judiciário, bem como todos os outros Poderes, nessa missão de distribuir a justiça tem fundamental importância, não somente como órgão meramente jurisdicional, mas como protagonista de políticas públicas, por exemplo, de promoção da tempestividade processual, daí a relevância de compreendermos as dificuldades na adoção de ações prestacionais por parte do Estado através de políticas públicas para a promoção desses direitos. Todavia essa postura do Poder Judiciário ainda não se tem verificado de forma expressiva, não conseguindo ainda o Poder Judicário se compreender como órgão político. Isso tem se dado por força de uma herança histórico-político-estrutural que ainda se encontra impregnada em suas entranhas e que tem se revelado como verdadeiro impasse ao enfrentamento das causas da intempestividade do processo.&nbsp;<span style="font-size: 10pt;">Palavras-chave: Direitos Fundamentais. Duração Razoável do Processo. Justiça. Poder Judiciário. Políticas Públicas.</span>