Telas da memória: o cinema em Fortaleza nos tempos da segunda guerra nas reminiscências de Marciano Lopes e Blanchard Girão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Figueiredo, Cicero Marcos Tulio Cardoso De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95769
Resumo: A história da cidade de Fortaleza foi profundamente alterada com o encadeamento da Segunda Guerra Mundial, cidade essa que em sua dinâmica já refletia em um certo nível os ventos da modernidade, percebendo principalmente alterações nas práticas culturais do seu cotidiano. Com uma maior americanização da cultura estimulada pelos filmes hollywoodianos e, inclusive, pela presença de soldados norte-americanos devido a importância da capital cearense como um dos pontos estratégicos no cenário da guerra. Orientamos nossa pesquisa para entender, acima de tudo, um processo de muito fatores, dentre eles: a quebra de regras e condutas e os embates e rejeições gerados dentro desse contexto, americanização, tecnologia, modernidade, consumo, comportamento, cultura de massas, vários componentes, dentro de um processo social amplo, catalisado pela guerra, tendo como fontes a obras memorialísticas de Marciano Lopes e Blanchard Girão. É a partir da leitura das obras desses memorialistas que levantaremos questões não apenas sobre o impacto do cinema, da guerra, dos soldados estrangeiros e as mudanças culturais, mas principalmente sobre a memória e sua produção. O tema da memória foi um dos que mais cresceram dentro dos estudos historiográficos nas últimas décadas. Base da aprendizagem cognitiva e cultural, bem como da identidade individual e coletiva, ela se coloca como manancial importante de informações sobre acontecimentos vividos no passado. Possuindo a memória, inicialmente, uma dimensão individual, fortemente afetiva e autobiográfica, onde cada pessoa ao rememorar o que viveu, reinterpreta e seleciona aquilo que foi lembrado, torna-se ativa, levantando debates em vários pontos para o interesse dessa pesquisa aqui exposta. De todo modo, o caminho tomado vai da mera constatação da memória, estabelecendo em nosso trabalho sempre um diálogo com as fontes da imprensa, com seus jornais da época junto as obras dos dois memorialistas escolhidos, através da perspectiva de dois sujeitos sociais integrantes da esfera cultural da cidade.