REFLEXÕES SOBRE ATITUDES E PRÁTICAS DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM UMA PERSPECTIVA INTERPROFISSIONAL NO CONTEXTO DE TERRITÓRIOS DE ATUAÇÃO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: ALVES, JOSÉ WESLEY DOS SANTOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88330
Resumo: Um dos eixos estratégicos das ações de Alimentação e Nutrição na Atenção Primária à Saúde é a realização do diagnóstico alimentar e nutricional da população, com a identificação de áreas geográficas, segmentos sociais e grupos populacionais de maior risco aos agravos nutricionais, bem como identificação de hábitos alimentares regionais e suas potencialidades para promoção da saúde. Esta tarefa constitui a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN). Este estudo objetiva refletir sobre atitudes e práticas de VAN em uma perspectiva interprofissional no contexto de territórios de atuação do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade de Fortaleza. Seus objetivos específicos são problematizar o processo de trabalho do nutricionista residente em Saúde da Família e Comunidade nos territórios da Secretaria Regional V na perspectiva da interprofissionalidade e discutir sobre as possibilidades, potencialidades e desafios de atuação com atitudes e práticas de VAN na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um Relato de Experiência e adota como referenciais teórico-metodológicos a “Sistematização de Experiências” (Holliday, 2006) e os “Círculos de Cultura” (FREIRE, 1987, 1991). O processo da residência propiciou-me verter um olhar para o território não como um mero espaço geográfico adscrito ao serviço, o que, agregado a uma prática interprofissional contribuiu para um entendimento ampliado de VAN que supera uma visão fragmentada que vem sendo construída em torno deste tema nas políticas e serviços de saúde. Permitiu perceber que diagnostico alimentar e nutricional de coletivos pode e deve ser feito no cotidiano dos serviços a partir de processos mais amplos que envolvam os diversos saberes que coexistem no território e junto com a comunidade. A construção do processo de trabalho demonstrou ser uma tarefa desafiadora pois o profissional de saúde precisa ter a capacidade de estabelecer prioridades, orientadas pelas necessidades de saúde da comunidade. É importante que o nutricionista se perceba como potencial sujeito para disparar processos de problematização da realidade alimentar e nutricional do território com a equipe, no sentido de efetivar na agenda um compromisso coletivo com a VAN, saindo de uma perspectiva procedimento-centrada para usuário-centrada. Essa experiência demonstrou além das potencialidades e fragilidades na operacionalização do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), que ele não deve, dentro dos serviços de saúde, ser entendido como sinônimo ou requisito único para exercer atitudes e práticas de VAN e sim superar visões fragmentadas da saúde e contribuir para a construção de processos de trabalho com base na interprofissionalidade e no território.<br/>Palavras-chave: Vigilância Alimentar e Nutricional; Interprofissionalidade; Território; Estratégia Saúde da Família; Nutricionista