Dialogismo Literario - por Uma Abordagem Sociointeracionista da Leitura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Sena, Willame Nogueira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=47928
Resumo: Ambas as condições de produção e recepção de um discurso qualquer se fazem indispensáveis na construção de sentidos. Assim, o processo de interação entre indivíduos situados sociohistoricamente e inerente a todo fenômeno de enunciação, seja na condição de emissor, seja de receptor. Posto isso, a interação é marcada por relações sociais, e consequentemente. Dialógicas, o que caracteriza e fomenta a interdiscursividade antiteticamente. O ensino de Literatura em nossas escolas se põe a favor de uma abordagem historiográfica estática, linear, que não permite o cruzamento de leituras múltiplas, possibilidades pelo dialogo entre os momentos discursivos vários que constituem o autor, texto e ser-leitor em suas condições de elaboração. Tomando por base essa constatação, o presente estudo firma-se na idéia de que o ensino do texto estético-discursivo deve pautar-se na perspectiva dialógica ou intersubjetiva da linguagem, pois tudo sentido é socialmente construindo. Dessa forma, o trabalho com o texto literário resgatara, de forma veemente, a verdadeira historicidade da obras literária. Confrontando-se ou convergindo com o discurso de outrem, o aluno-leitor elaborara um discurso próprio, a partir de sua perspectiva pessoal, portanto sociodiscursiva. Para legitimar esse ponto e vista esta pesquisa baseia-se em fundamentações teóricas tais como o dialogismo, alicerçado no estudioso Mikhall Bakhtin (1995/1992/1976), para quem todo enunciado parte de um já-dito e é construído por intermédio de interseções sociodiscursivas e na teria da estética da Recepção, de Hans Robert Jauss (1994) e Wolfganfg Iser (2002), que trata do resgate da obra literária em seu com texto atual, sem menosprezar seu contexto de produção, extraindo de seu discurso que ela possui de histórico, social e, portanto, contemporâneo e significativo para o aluno-leitor.