Luis da Silva: a Construcao do Anti-Heroi Decadente nas Imagens Narrativas em Angustia de Graciliano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Almada, Cristiane Patrícia Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=48894
Resumo: As transformações ocorridas nas décadas de vinte e trinta do século XX, no Brasil, caracterizam-se não apenas por seu profundo caráter de contestação ante arealidade político-social e de renovação cultural, mas também por romper com a arte tradicional e elaborar as bases para o surgimento de uma nova concepção artístico- literária na nossa sociedade. No período compreendido entre os anos de 1930 e 1945, identificado como sendo de intensa denúncia social, aparecem, no cenário das letras nacionais, alguns dos nomes mais significativos do romance brasileiro, dentre os quais José Lins do Rego, Rachel de Queirós, Jorge Amado e Érico Veríssimo, preocupados em discutir a realidade sócio-politico-cuttural do país. Responsável pela elaboração de uma literatura intimamente vinculada à realidade brasileira, Graciiiano Ramos, através de suas angústias particulares e das de seus personagens, apresenta em sua obra uma crítica social de efeito bastante acerbo. No livro Angústia, trazido a público em 1936, a vida e o destino da maioria dos personagens de Ramos confundem-se com as vidas e destinos das pessoas reais. Nele, ficção e realidade se emaranham, num intenso processo de busca da compreensão da realidade desesperadora que é a condição humana - indivíduosinconformados que lutam para superar as barreiras da mediocridade solitária da vida urbana - assumindo o romance, como o demonstram os muitos elementos históricos presentes na obra, o papel de intérprete da realidade humana em seu contexto cultural e social. É nossa intenção, neste trabalho, fazer uma amostragem das características, situações e circunstâncias que fazem de Luís da Silva. personagem central do romance, não um super-herói romantizado, mas um herói às avessas. Homem sem nenhum sentimento forte, sem propósitos e sem vontade, sentimentos estes resultantes da miséria física e moral que sempre o acompanhou desde a infância pouco afetiva até as suas frustrações profissionais e sexuais. Palavras-chave: Angústia, solidão, fluxo da consciência, anti-herói, frustração.