Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Torres, Raimundo Augusto Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=54850
|
Resumo: |
O presente trabalho se propôs cartografar a sexualidade e as relações de gênero na escola a partir dos dispositivos de enunciação presentes nos saberes, práticas e discursos docentes. Optou-se pela pesquisa qualitativa com abordagem cartográfica amparando-se na produção teórica de Michel Foucault e de outros/as autores/as provenientes da mesma matriz teórica. A pesquisa ocorreu numa escola pública da rede estadual do município de Fortaleza-Ceará. No trabalho de campo foram utilizados os instrumentos de coleta de dados, a observação, o diário de campo e entrevistas abertas junto aos professores/as no ano de 2007. Assim, os saberes autorizados foram: saber científico materializado através dos dispositivos pedagógicos de disciplinamento dos corpos e pela educação sexista, o saber cultural que situa as relações de gênero pelas oposições, sendo a família o lugar onde essas oposições se produzem pelo modelo patriarcal e o saber religioso que opera como tática confessional. No entanto, as práticas cartografadas foram as pedagógicas, sendo aquelas que espacializam os sujeitos e modelam os corpos, atuam como estratégias confessionais, trabalham a estética dos sujeitos e a modulação do silêncio. Os discursos, contudo, foram nomeados pelas amarras culturais com forte influência da educação patriarcal. Indicaram que a homossexualidade masculina assusta, mas ao mesmo tempo é a mais visível na escola, embora essa rostização seja uma tática discursiva no intuito de capturá-la pelos agenciamentos disciplinares. E outras identidades sexuais e de gênero foram apontadas como menos visíveis e negadas, como exemplo a homossexualidade feminina e as travestis. Concluímos, portanto, que o estudo possibilitou a compreensão dos engendramentos produzidos nos dispositivos de enunciação dos/as professores/as sobre a sexualidade e as relações de gênero, ao identificar como os saberes privilegiam o disciplinamento do corpo e seu funcionamento. E ao levantar que práticas são exercidas sobre os corpos, a sexualidade e as relações de gênero, bem como de investigar as formações discursivas que nomeiam os sujeitos através de agenciamentos que delineiam como eles/elas devem e podem ser, agir e viver na escola. Palavras-Chave: Sexualidade, Gênero e Escola. |