Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Souza, Rafael Britto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87025
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Resumo: |
<div style="">Buscou-se testar experimentalmente o efeito que o contexto de avaliação exerce sobre o desempenho cognitivo. Sujeitos prestes a executar uma tarefa cognitiva (Teste de Rotação Mental) foram induzidos a considerar sua pertença a um grupo associado com fraco desempenho no domínio em questão. Se tal manipulação do contexto de avaliação prejudicar o desempenho, estamos diante do fenômeno da ameaça do estereótipo. Também buscou-se reduzir esta possível piora no desempenho. A amostra foi composta de 97 universitários cotistas e não-cotistas. Partimos da hipótese de que parte da diferença de desempenho observada entre estes grupos deve-se a fatores situacionais. Identificar e quantificar estes fatores, assim como buscar formas de diminuir ou eliminar seus efeitos, é relevante em vários níveis. Foram testadas também as relações estabelecidas pelos sujeitos no que diz respeito aos termos envolvidos no construto. Adaptou-se para este propósito a escala de sobreposição do eu, endogrupo e exogrupo para medir a percepção de proximidade/distanciamento dos grupos entre si e dos sujeitos em relação aos grupos, bem como, o Inventário de Ansiedade Frente a Provas (IAP), com o objetivo de aumentar o poder discriminativo do construto de ameaça do estereótipo. Do ponto de vista teórico, buscou-se uma leitura analítico-comportamental do fenômeno da ameaça do estereótipo. Pretendeu-se com isso favorecer uma aproximação entre psicologia social, análise do comportamento e a avaliação educacional. Todas essas áreas possuem premissas em comum e a intenção aqui é demonstrar como uma abordagem interdisciplinar pode beneficiar todas elas. Para tanto, nos valemos dos conceitos de controle e equivalência de estímulo, e principalmente dos oriundos da Teoria das Molduras Relacionais. Após um treino, os participantes responderam três blocos de 40 tarefas de rotação mental. Entre os blocos 1 e 2 foi inserida uma das variáveis independentes ameaça, controle, ou valorização, entre os blocos 2 e 3, a segunda das variáveis independentes redução da ansiedade, da ameaça ou controle. Os resultados mostram uma superioridade estatisticamente significativa no desempenho dos não cotistas na linha de base. No segundo bloco, os cotistas ameaçados apresentaram a menor média entre todos os grupos, ao passo que os cotistas do grupo de controle foram os que mais melhoraram. A valorização não apresentou o resultado esperado. No terceiro bloco os cotistas em geral pioraram o desempenho, mas os não cotistas melhoraram. Os cotistas na condição de redução do estereótipo foram os que mais melhoraram no 8 terceiro bloco. As variáveis de valorização do grupo e redução da ansiedade mostraram resultados ambíguos, mesmo no nível qualitativo de análise. No inventário de ansiedade frente a provas, não houve diferença significativa entre cotistas e não cotistas. A escala de sobreposição do eu, endogrupo e exogrupo mostrou que os participantes não consideram haver uma diferença significativa entre os dois grupos e que não consideram excludentes ou opostas as identificações com eles. </div><div style="">Palavras-chave Ameaça do Estereótipo. Teoria das Molduras Relacionais. Ação Afirmativa. Teste de Rotação Mental.</div> |