''Assistentes sociais cooperadas'': os sentidos das relações de trabalho no contexto do cooperativismo na saúde pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Patrício, Carlos Marcelo Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85520
Resumo: As cooperativas de “mão de obra” estão em crescimento acelerado, nos últimos anos no Brasil, em um cenário de desregulamentação e precarização do trabalho, apresentando-se em variados espaços sócio ocupacionais. Esta dissertação possui como objetivo geral analisar os sentidos das relações de trabalho no contexto do cooperativismo para assistentes sociais vinculadas a uma cooperativa de “mão de obra”, na política pública de saúde, situada no município de Fortaleza – CE. Como objetivos específicos buscou-se refletir acerca dos significados do cooperativismo para as profissionais de Serviço Social, bem como construir um perfil socioeconômico e cultural das assistentes sociais e investigar as condições de trabalho destas trabalhadoras. Para a construção metodológica deste ensaio dissertativo, optou-se por um estudo de natureza qualitativa, voltado para a abrangência e para o aprofundamento dos resultados obtidos. Efetivou-se ainda um estudo bibliográfico e documental sobre as categorias analíticas: Cooperativismo, Trabalho e Serviço Social, através das contribuições teóricas de: Singer (2004), Boaventura de Sousa Santos (2002), Lima (2004), Oliveira (2007), Antunes (2007), Alves (2007), Iamamoto (2007, 2009), Guerra (2010), Yazbek (2009), entre outros. Realizou-se uma pesquisa de campo junto a uma instituição de saúde contratante dos serviços da cooperativa à qual profissionais de Serviço Social estão vinculadas e prestam serviços. Fez-se ainda o uso de observação simples durante o decorrer da pesquisa de campo, em que foram realizadas três entrevistas semiestruturas com assistentes sociais cooperadas até a saturação das informações, a fim de compreender como o contexto do cooperativismo tem se manifestado nas condições e relações de trabalho das entrevistadas. É salutar informar que o compromisso com a ética foi mantido em todo o decorrer da pesquisa, tendo em vista que objetivou-se não causar danos aos sujeitos envolvidos, primando pelo sigilo das identidades das interlocutoras. As mesmas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), respeitando as orientações da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Como resultados desta investigação é possível constatar que: as profissionais cooperadas não possuem grande compreensão acerca dos princípios que envolvem a prática do cooperativismo; identificam que os vínculos a que estão submetidas são frágeis, despossuídos de direitos previstos na legislação trabalhista, acarretando prejuízos para o bom desempenho do exercício profissional.&nbsp;<div>Palavras-chave: Cooperativismo. Trabalho. Serviço Social.</div>