A construção do estado chavista: a influência bolivariana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Feitosa, Nabupolasar Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83879
Resumo: <div style="">O presente trabalho, intitulado A construção do Estado chavista: a influência bolivariana, foi realizado com o objetivo de analisar o processo pelo qual as idéias políticas produzidas no passado por Simón Bolívar foram recuperadas e instrumentalizadas por Hugo Chávez sob novas circunstâncias históricas. Com o uso da figura histórica de Simón Bolívar como justificativa para suas ações, o estilo de governar de Hugo Chávez variou de tal maneira que foi possível identificar três períodos distintos durante os 14 anos em que esteve à frente do Estado venezuelano. Em cada um desses períodos, a forma como Chávez usava o Estado para se relacionar com a sociedade ia mudando, até que finalmente construíu o que se denomina aqui de Estado chavista. A hipótese norteadora desse trabalho sustenta que Chávez, utilizando-se de Bolívar como justificativa, caminhou politicamente num crescente de disputa política que culminou em um Estado forte, capitalista, de orientação social, com grande concentração de poder na pessoa de Hugo Chávez, e com perseguição a adversários políticos ou qualquer um que se opusesse ao projeto chavista de poder. Para responder a essa hipótese, foi feita uma pesquisa qualitativa, sustentada também por muitos dados oficiais sobre a situação da sociedade e da economia venezuelanas, além de uma ampla pesquisa bibliográfica. A tese teve como base o 18 Brumário de Luís Bonaparte, de Karl Marx, na compreensão do bonapartismo, que caracteriza o modo de agir chavista, e a obra O Estado, O Poder, O Socialismo, de Nicos Poulantzas, que teoriza a respeito da substituição do bloco no poder como resultado das lutas entre as frações de classe. Dessa forma, com o estudo do pensamento político de Simón Bolívar e da formação ideológica de Hugo Chávez, somados seus aos atos enquanto Presidente da República, ficou patente que na Venezuela não houve revolução, pois permaneceram os traços capitalistas da economia venezuelana, e não ocorreu a tomada do Estado pela classe trabalhadora, tendo existido apenas a mudança do bloco no poder, com predominância dos militares como classe hegemônica. Com o desaparecimento físico de Hugo Chávez, iniciou-se a decadência do Estado chavista, com tendência ao desaparecimento em virtude da ausência do carisma de Chávez, da sua habilidade de conciliar interesses internos ao chavismo, e em razão da crise econômica que assola o país. Palavras-chave: Estado; poder; Simón Bolívar; Estado chavista; Hugo Chávez; bloco no poder; classe hegemônica; revolução; PDVSA.</div>