Estudo molecular das mutações DF508, G542X, G551D, R553X, N1303K, R1162X e 2183AA→G em pacientes com fibrose cística do estado do Ceará e seus familiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Carvalho, Maria Denise Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=28811
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">A fibrose Cística (FC) ou mucoviscidose é a doença genética autossômica recessiva que mais frequentemente leva a óbito na infância entre os europeus e seus descendentes, com uma incidência média aproximada de 1/2500 nestas populações. O gene CF, chamado regulador da condução transmembrânica da fibrose cística (CFTR), codifica uma proteína que atua como um canal através da membrana epitelial. Trata-se de doença multissistêmica, de expressão variável, que afeta principalmente os pulmões e o pâncreas exócrino, apresentando aumento das concentrações de cloro e sódio no suor. O presente trabalho teve como objetivos coletar, analisar e interpretar dados epidemiológicos, clínicos e de genética molecular em pacientes afetados pela doença no Estado do Ceará. A metodologia utilizada consistiu na obtenção de informações sobre os dados clínicos, epidemiológicos e na análise molecular das amostras sanguíneas de todos os pacientes afetados nascidos no Ceará, e seus respectivos irmãos, através da técnica de PCR (Reação em Cadeia de Polimerase) para os éxons 11,13,19 e 21 do gene CFTR (Regulador da Condutância Transmembrânica da Fibrose Cística), seguida de análise direta em gel para a mutação DF508 e de digestão enzimática com endonucleases de restrição para as mutações G542X, R1162X, N1303K, R553X, 2183AA</span></font><span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&#8594;</span><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">G e G551D, com posterior análise em gel de poliacrilamida 8% para todas as </span><span style="font-size: 13.3333px;">mutações</span><span style="font-size: 10pt;">. A </span><span style="font-size: 13.3333px;">mutação</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;DF508 foi a mais frequente (66,07%), seguida de G542X (3,57%) e N1303K (1,78%). As outras quatro </span><span style="font-size: 13.3333px;">mutações</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;R1162X, R553X, 2183AA</span></font>&#8594;<font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">G e G551D </span><span style="font-size: 13.3333px;">não</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;foram detectadas em nenhum dos alelos analisados. Quanto à taxa de </span><span style="font-size: 13.3333px;">detecção</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;das </span><span style="font-size: 13.3333px;">mutações</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;analisadas, a triagem das sete </span><span style="font-size: 13.3333px;">mutações</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;tem sensibilidade para identificar 71,42% das </span><span style="font-size: 13.3333px;">mutações</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;em CFTR nos pacientes afetados cearenses, apesar de que apenas </span><span style="font-size: 13.3333px;">três</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">mutações</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;foram detectadas. Nos </span><span style="font-size: 13.3333px;">irmãos</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;detectou-se apenas a </span><span style="font-size: 13.3333px;">mutação</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;DF508 (20% dos </span><span style="font-size: 13.3333px;">irmãos</span><span style="font-size: 10pt;">). Estes dados </span><span style="font-size: 13.3333px;">serão</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;de suma </span><span style="font-size: 13.3333px;">importância</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;para melhor </span><span style="font-size: 13.3333px;">compreensão</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;das bases </span><span style="font-size: 13.3333px;">genéticas</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;desta </span><span style="font-size: 13.3333px;">doença</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;em nossa </span><span style="font-size: 13.3333px;">população</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;e </span><span style="font-size: 13.3333px;">conferirão</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;uma idéia mais precisa da </span><span style="font-size: 13.3333px;">apresentação</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;cínica e molecular da fibrose </span><span style="font-size: 13.3333px;">cística</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;no Ceará, contribuindo definitivamente para uma melhor qualidade no diagnóstico, prognóstico, tratamento e aconselhamento </span><span style="font-size: 13.3333px;">genético</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;de </span><span style="font-size: 13.3333px;">famílias</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;acometidas pela fibrose </span><span style="font-size: 13.3333px;">cística</span><span style="font-size: 10pt;">.</span></font>