Efeitos de cartilha educativa para cuidadores de pacientes vítimas de acidente vascular cerebral: ensaio clínico controlado randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Barros, Ariane Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=100413
Resumo: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é classificado como a primeira causa de comprometimento funcional no mundo ocidental, mediante disso, pode-se considerar que uma cartilha educativa baseada nas Necessidades Humanas Básicas (NHBs) e voltada para os cuidados pós-hospitalares realizados pelos cuidadores, faz com que não exista divergências na comunicação dos principais cuidados ao paciente vítima de AVC. Objetivou-se conhecer os efeitos de uma cartilha educativa para cuidadores de pessoas vítimas de AVC sobre cuidados domiciliares pós-alta hospitalar. Tratou-se de um estudo experimental, do tipo ensaio clínico controlado randomizado, com mascaramento duplo cego, tendo como referencial teórico a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta. O estudo foi realizado em um hospital terciário de referência, com amostra de 69 cuidadores, sendo 33 no grupo controle e 36 no grupo intervenção, sendo estes randomizados quanto a entrada em cada grupo. A coleta de dados ocorreu de outubro de 2018 a fevereiro de 2019, contando com uma fase presencial e uma fase realizada via ligação telefônica. Os dados foram tabulados no programa Excel e apresentados em tabelas e gráficos, sendo também utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. O projeto foi aprovado pelos Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, no Comitê de Ética em Pesquisa do hospital cenário da pesquisa e foi registrado na Plataforma de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC). Durante a coleta de dados, as diretrizes e os critérios éticos de pesquisa junto a seres humanos, de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde foram observados. A média de idade da amostra foi 40,6 anos (Desvio padrão (DP) = 11,6), com variação de 21-68 anos, 76,8% eram do sexo feminino, com média de renda das pessoas que moravam na casa em torno de R$ 2.395,50 (DP=2.718,68). Da amostra, 59,4% cuidadores possuíam um companheiro, 60,9% possuíam atividade laboral, a média do nível de escolaridade foi de 10,2 (DP=3,4) anos de estudo e 100% dos casos foi de AVC isquêmico. A média das pontuações do inquérito conhecimento, atitude e prática (CAP) no quesito atitude foram no pré-teste, a média foi de 4,9 para o Grupo Controle (GC) e 4,61 para o GI (Grupo Intervenção), classificando-se como conhecimento inadequado; no pós-teste com 1 mês, a média foi de 4,88 para o GC e 6,92 para o GI, classificando o GC com conhecimento inadequado e o GI com conhecimento adequado; e no pós-teste com 2 meses a média foi de 3,48 para o GC e 5,42 para o GI, continuando o GC com conhecimento inadequado e o GI com conhecimento adequado. No quesito atitude, no pré-teste, a média foi de 2,58 para o GC e 2,58 para o GI, classificando-se como atitude adequada; no pós-teste com um mês, a média foi de 2,45 para o GC e 2,67 para o GI, classificando-se como atitude adequada; e no pós-teste com dois meses, a média foi de 2,39 para o GC e 2,56 para o GI, classificando-se como atitude adequada. No quesito prática, no pré-teste, a média foi de 10,03 para o GC e 9,83 para o GI, classificando como prática adequada o que o cuidador que ofertar ao paciente; no pós-teste com um mês, a média foi de 11,24 para o GC e 11,50 para o GI, classificando-se como prática adequada; e no pós-teste com dois meses, a média foi de 11,18 para o GC e 11,31 para o GI, classificando-se como prática adequada. Assim conclui-se que a utilização de uma cartilha educativa para cuidadores de pacientes vítimas de AVC é necessária, pois ela promove o conhecimento, atitude e prática adequada dos cuidadores em relação aos cuidados prestados aos pacientes vítimas de AVC.