Mulheres em Uso de Psicofarmacos: Modos de Enfrentamento do Sofrimento Psiquico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Oliveira, Maria do Rosario Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=13981
Resumo: Esta monografia surgiu atraves da observação da aquisicao exagerada de psicotropicos por clientes de uma farmacia de Fortaleza. Isso, despertou-nos interesse no descobrimento das causas que as conduzem a tal procedimento. O objetivo foi apreender das mulheres usuarias de psicofarmacos os modos de enfrentamento do sofrimento psiquico. Esta pesquisa e descritiva, com abordagem qualitativa. Utilizamos referencial teorico para respaldar a realidade apreendida desses sujeitos. Escolhemos dez mulheres de 51 a 60 anos, a maioria casadas, que residem com familiares em Fortaleza. para coleta das informacoes, utilizamos entrevista semi-estruturada. A analise dos resultados foi alicercada nas falas dos sujeitos por intermedio do medico de analise de conteudo. No decorrer do estudo, observamos a mulher mais susceptivel ao sofrimento psiquico, devido a propria natureza e condicao na sociedade, que exige sobreposicao de papeis, podendo influenciar no processo saude-doenca. As reacoes mais frequentes relatadas foram: insonia, variacao do humor, temores, ansiedade, dores, medo, preocupacoes, fadigas fisicas e mental. Esse sofrimento aponta para transtornos do humor, especialmente, depressao associada a problemas socio-economicos e familiares. O atendimento medico buscando tornar-se limitado as quaixas, seguido da prescricao de psicofarmacos. Abordamos algumas tematicas relacionadas com mulher, disturbios mais frequentes, avanco da idade, aposentadoria, climaterio e isolamento domiciliar. Para enfrentamento do sofrimento, as mulheres sugeriram outras formas de intervencao: abordagens terapeuticas, atividades uteis diversas, socializacao, expressividade atraves da comunicacao, partilha dos problemas, e busca da espiritualidade por intermedio da religiao. Estas atividades e acesso ao conhecimento possibilitam lutas para modificacoes no sistema excludente de assistencia integral a saude. Na analise, evidenciamos que grande parte desse sofrimento e ocasionado pelas perdas generalizadas no campo economico e biopsicossocial. Observamos que a assistencia medica nao esta estruturada para atendimento personalisados, e sim voltada para produtividade e acoes curativas. Os modos de enfrentamento do sofrimento sao simples e viaveis. Um bom programa de assistencia possibilitara a recuperacao da saude feminina.