Fundamentos éticos para a “melhor” política em Benedictus de Spinoza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Brena Kátia Xavier da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109861
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Os afetos fazem parte do que é o homem, mesmo que este não os aceitem, e tente por vezes extirpá-los, usando como justificativa todo um sistema de crenças, apoiado nas suas superstições, para construir um ideal e viver de acordo com ele. Tendo como objetivo o estudo da política de Benedictus de Spinoza (1632-1677), a partir da sua ética, procura-se aqui explicitar a formação da Cidade segundo a ideia de reciprocidade, para tal, foi feita uma análise da Ética, e de outras obras do autor, tais como, Tratado Teológico-Político, Tratado Político, Breve Tratado, além das Correspondências, assim, como Leviatã e Os elementos da lei natural e política de Thomas Hobbes. Partindo do homem e seus afetos será trabalhada a relação entre os afetos, as formas de apreensão de conhecimentos, e o modo que a humildade e o rebaixamento podem fortalecer cada vez mais a servidão que, o medo e a esperança já despertaram no vulgo, e seu reflexo no desenvolvimento da Cidade, considerando-se as necessidades criadas pelos homens e como estes, pretendem através delas se afastarem da natureza. Como seguidores de seus líderes, o vulgo é condicionado a aceitar a existência de um devido lugar para eles, na organização da Cidade e como fieis devotos de suas crenças não questionam, e sim defendem como seus os ideais que reproduz. Em sua análise dos afetos, Spinoza traz um contraponto entre a política idealizada segundo moldes puramente racionais, de cunho moralizante e uma política construída a partir da observação das relações humanas. Levando em conta a utilidade recíproca para a construção da Cidade, onde os homens buscam constantemente os meios pelos quais garantir seu sustento e, encontram uns nos outros o caminho mais útil para perseverarem no seu existir. Por conseguinte, será mostrado de que forma os bons encontros, provenientes da utilidade, podem contribuir para o fortalecimento de um governo que privilegie tanto a segurança quanto o bem-estar do povo que compõem a Cidade. Desse modo, pode-se concluir que, os homens têm a possibilidade, desde que assim desejem, de superar os condicionamentos sociais que os prendem a vontade de outros homens.</span></font>