Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Forte, Valderina Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=46794
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Resumo: |
Estudo que trata de mulheres que convivem com a agressao de seus companheiros ou maridos alcoolistas. Objetivamos descrever as causas que levam seus companheiros ou maridos ao uso abusivo do alcool, bem como a atitude da familia diante do problema; identificar episodio(s) ou fato(s) significativos do sofrimento referenciado(s) pelas mulheres diante da agressividade no convivio conjugal; apreender as necessidades, dificuldades/resistencias que levam essas mulheres a suportarem as agressoes sofridas. A metodologia utilizada foi descritiva com abordagem qualitativa. A coleta foi realizada no periodo de novembro/2006 a abril/2007 na Delegacia da Mulher e nos domicilios. As participantes foram dez (10) companheiros ou esposas de alcoolistas, com idades entre 20 e 55 anos que formalizaram a deuncia na Delegacia de defesa da Mulher de Caucaia/CE (DDMC). Os instrumentos utilizados foram analise dos boletins de ocorrencias (B.O) e entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram organizados em oito (08) categorias. Como resultados do estudo, identificamos que, das dez(10) entrevistadas, sete continuavam convivendo com seus companheiros ou maridos, com o tempo de convivencia variando de dois ate trinta e seis anos. Todas as entrevistadas referem da mudança de comportamento dos companheiros ou maridos quando os mesmos estao sob o efeito do alcool, tornando-se mais agressivos. Dentre as causas para uso abusivo do alcool foi citado: divida, desemprego, vicio. Quanto as agressoes, as mais comuns foram: agressao fisica(tapas, murros, maozadas), psicologica/verbal (rapariga, vagabunda) e/ou sexual (ir para cama sem ter vontade). Dessas agressoes, citam o(s) fato(s) ou episodio(s) que lhes sao significativos do sofrimento (em sua maioria foi algum tipo de agressao fisica). Em relaçao as necessidades, dificuldades/reistencias que as levam a suportar as agressoes, as mais citadas foram: o medo dos filhos passarem necessidade, a questao da presença do pais ser importante e o medo de ficar mal vista por estar separada. Conforme os achados, alguns dos companheiros ou maridos ate ja tentaram parar de beber, mas nao conseguiram levar adiante, alem disso a maioria deles tem familiares(pai, irmao) que tambem fazem uso de alccol. Foi constatado que aumentou o numero de mulheres que estao indo denunciar seus companheiros ou maridos, atraves do B.O., mais muitas vezes nao levam o processo adiante por alguns empecilhos (medo deles fazerem algo contra as mesmas e por questoes burocraticas). Algumas tem esperança de que eles mudem, outras ja nao suportaram, preferiram se separar. Concluimos que na assistencia a mulher vitima de agressao no convivio conjugal, ha necesidade de incluir estrategias alternativas que envolvem os familiares e usuarios de alcool e outras drogas, permitindo um atendimento interdisciplinar - atençao psicossocial, tanto no ambito da prevençao/terapeutica/educativa. Enfim, estrageias que desenvolvam potencialidades e reconstituam a identidade pessoal e convivio social destes sujeitos. |