Crítica ontológica da formação contemporânea de professores no Brasil: uma análise baseada nas categorias nodais da estética de Lukács

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marinho Junior, Expedito Vital
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=104693
Resumo: A formação de professores é um tema relevante e pertinente para a conjuntura sócio-política-econômica atual. Esta tese trata deste assunto no contexto da crise estrutural do capital e dos fenômenos decorrentes da relação trabalho-capital dentro da esfera educativa, mais especificamente no contexto da formação docente brasileira. As conexões que reverberam da dialética presente no objeto de estudo levaram a eleger como objetivo geral da pesquisa refletir a atual formação de professores no Brasil através das categorias nodais da Estética lukacsiana; e, como objetivos específicos: 1) investigar como o irracionalismo burguês interfere no reflexo desantropomórfico-científico da realidade; 2) corroborar para com o ontométodo como a metodologia autêntica do ser social e a maneira mais desenvolvida de apreensão do real; 3) analisar categorias chaves da Estética lukacsiana para o estudo do complexo educacional; 4) examinar a proposta de formação docente no Brasil a partir da BNCC e da BNC-formação. Para viabilizar a concretização dos objetivos expostos, a pesquisa foi realizada tomando como referencial metodológico as premissas do materialismo histórico-dialético, desenvolvido por Marx em conjunto com Engels e recuperado por Lukács, que resgata o arcabouço teórico desses autores por meio do ontométodo. Ademais, o autor húngaro é peça chave da metodologia de análise do objeto porque se toma de sua obra Estética duas categorias nodais para o exame realizado: a desantropomorfização e a antropomorfização. A discussão realizada ao longo da tese leva a constatar que o sistema produtivo tem conduzido a humanidade a níveis de irracionalismo inéditos na História. Em decorrência deste cenário, instalou-se uma barbárie social que vem destruindo a natureza e o ser humano. Entrementes, a crise que assola a esfera econômica se reflete no complexo educacional de modo a obscurecer a produção científica. Algumas características desta situação são o negacionismo, o obscurantismo e o subjetivismo no interior da academia. No que se refere especificamente ao ensino, os limites e as possibilidades de lecionar são superestimados e, muitas vezes, romantizados; esse cenário conduz o processo de aprendizagem-ensino a equívocos que terminam por frustrar professores e alunos. Conclui-se que é preciso inverter a lógica que atualmente rege o sistema como um todo e, com isso, romper radicalmente com o capital.